quinta-feira, 31 de março de 2016
Três razões pelas quais ser impaciente pode ser prejudicial à saúde
30.3.2016 - Numa sociedade em que o
tempo livre está cada vez mais escasso, a impaciência é uma característica que
tem se tornado bastante comum. A espera pelo ônibus atrasado, aquele choro
interminável de um bebê e a fila eterna no supermercado são situações
cotidianas, mas, diante até dessas pequenas coisas, nossa paciência não durar
muito. Aprender a esperar realmente nunca foi fácil. Mas fazer isso pode ser
muito importante – não só pelo bem-estar diário, mas também para evitar problemas
de saúde. Quando ficamos irritados e impacientes, os níveis de estresse e
adrenalina aumentam. Mas existem outros perigos vinculados à falta de paciência
que, ao menos à primeira vista, não parecem tão evidentes – e podem ser
preocupantes: 1) Obesidade - Especialistas
apontam que pessoas impacientes têm mais probabilidade de serem obesas do que
aquelas que sabem esperar. Isso porque elas tendem a não se alimentar da
maneira mais correta e a consumir maiores quantidades de alimentos –
especialmente daquelas comidas rápidas, congeladas ou instantâneas. Segundo os economistas Charles Courtemanche,
Garth Heutel e Patrick McAlvanah, que publicaram um estudo (Impaciência,
incentivos e obesidade )
em 2015 na publicação Economic
Journal , o acesso
fácil a alimentos pouco saudáveis é uma das causas principais, que afeta
especialmente a quem tem 'pavio curto'. "As pessoas mais impacientes se
veem mais afetadas pela disponibilidade desses alimentos rápidos a preços
acessíveis, que levam ao aumento da obesidade dessa parte da população",
indica o estudo. "Poderíamos pensar que talvez agora pelo fato de termos
mais acesso a diferentes tipos de alimentos, acabamos comendo mais e,
consequentemente ganhamos peso", disse Courtemanche ao Washington Post. "Mas
é mais complicado que isso; o barateamento da comida só altera o comportamento
de um tipo determinado de pessoas", acrescentou o especialista. Além disso, a impaciência constante – e a
consequente ira e tensão que vêm com ela – faz com que nosso organismo libere
adrenalina e cortisol, hormônios que podem gerar um aumento de peso. A gordura acaba sendo aderida às paredes das
nossas artérias, aumentando ao mesmo tempo a possibilidade de sofrer um ataque
do coração. 2)
Hipertensão - A Associação Médica
Americana (JAMA, na sigla em inglês) inclui a impaciência como um fator de
risco da hipertensão entre adultos jovens.
Um estudo feito na Escola Freinberg de Medicina da Universidade do
Nordeste de Chicago com análises de 3,3 mil casos ao longo de 15 anos observou
que o tipo de personalidade A (aquele que corresponde a pessoas impacientes e
hostis) tem um risco 84% maior – em comparação a quem tem uma personalidade
mais tranquila – de sofrer de hipertensão.
O motivo, apontam os especialistas, é o estresse associado à
impaciência, que pode chegar a tornar os vasos sanguíneos mais estreitos,
aumentando a pressão arterial. "A ideia de que o padrão de conduta tipo
A é 'ruim' para a saúde existe há muitos anos", garante Barbara Alving, da
Escola de Saúde Pública de Maryland, nos Estados Unidos. "Esse estudo nos ajudou a compreender
quais aspectos desse padrão de comportamento prejudicam nossa saúde",
explicou a especialista. Para Alving, a
hipertensão arterial "é uma condição complexa, que implica fatores
biológicos e alimentares", ainda que o estudo demonstro que "o
comportamento e o estilo de vida podem ter um papel fundamental na prevenção e
no tratamento da doença". A hipertensão é um fator de risco importante
para doenças do coração, do fígado e de acidentes cardiovasculares. 3) Envelhecimento
- Por
último, um estudo da Universidade Nacional de Singapura e das universidades
americanas de Berkeley e da Pensilvânia, recentemente divulgado na publicaçãoProceeding
of the National Academy of Sciencerevelou que ser impaciente também
pode acelerar o envelhecimento. É que os telômeros (extremos dos cromossomos do
DNA) são mais curtos em pessoas impacientes. Essas estruturas, que protegem o
DNA de sua degradação, estão associadas à longevidade, e os cientistas
acreditam que quanto mais rápido desaparecem, mais rápido essas pessoas
envelhecem. Segundo os pesquisadores (que só observaram esse fenômeno nas
mulheres) falta ainda verificar se é a impaciência que acelera o envelhecimento
ou se, ao contrário, as pessoas com telômeros mais curtos "sabem" de
alguma forma que vão envelhecer antes e desenvolvem uma personalidade mais
impaciente. No fim, assim como
diz o ditado popular, "a paciência é a mãe de todas as ciências."
A luta contra a corrupção
March 30, 2016 - Promotora de Justiça Paula Volpe
Corrupção,
do latim corruptus, significa ?quebrar em pedaços?, ?tornar pútrido?,
?apodrecer?. Desta forma, costuma-se entender como corrupção a
utilização de poder ou autoridade para a obtenção indevida de vantagens,
fazendo uso do dinheiro público para o interesse próprio ou alheio. Em
recente pesquisa feita pelo DataFolha, 34% dos eleitores brasileiros apontaram
a corrupção como o principal problema no país. Sensível a essa
preocupação, o Ministério Público brasileiro vem trabalhando com rigor,
transparência e celeridade no combate aos delitos que envolvem a corrupção.
Apesar disso, muitas vezes constata-se que o resultado almejado nas ações
cíveis e criminais ajuizadas não é obtido na Justiça, porque o sistema permite
com facilidade a ocorrência da prescrição e inclusive a anulação dos processos,
com fundamento em formalidades não essenciais. O Ministério Público Federal fez
um chamado a toda a população brasileira para que, através de assinaturas em
anteprojetos de lei de iniciativa popular, sem qualquer vinculação partidária,
apoiasse e defendesse a necessidade de alterações estruturais e sistêmicas
visando prevenir e reprimir a corrupção no país. Dentre as medidas estão
apontadas a necessidade de proteção aos que denunciam a corrupção, a
criminalização do enriquecimento ilícito, o aumento das penas da corrupção, a
agilidade do processo penal e civil de crimes e atos de improbidade, a reforma
dos sistemas de prescrição e nulidades, a criminalização do caixa dois e
lavagem eleitoral, a viabilização da prisão para impedir que o dinheiro
desviado desapareça e a celeridade no rastreamento do dinheiro desviado.
Este grande movimento iniciado pelo Ministério Público brasileiro teve a adesão
de centenas de instituições sérias como universidades, ONG´s e empresas, e já
coletou mais de dois milhões de assinaturas no país. É assim, com
instituições e com um povo valoroso, contando com o apoio de cada um, que o
enfrentamento à corrupção no país começará a redigir um novo capítulo de ética
e honestidade na história brasileira.
terça-feira, 29 de março de 2016
Como lidar com a crise
24.3.2016 - “Crise”. Com que
frequência você tem ouvido essa palavra? Uma simples busca do termo no Google
revela que, dos mais de 100 milhões de ocorrências, uma quantidade
significativa se refere ao momento atual que o Brasil e o mundo enfrentam. De fato, vivemos dias difíceis. Nem é preciso
acompanhar os noticiários para perceber isso. Basta olhar ao redor. Em casa, na
rua, no comércio e nas rodas de amigos, o clima é de apreensão e, nas igrejas,
os pedidos desesperados de oração se avolumam. E não é somente a crise política
e econômica que têm causado tanto transtorno. Paralelamente, continuamos
convivendo com outras antigas conhecidas, como a crise na saúde, na educação e
na segurança públicas; a crise moral da sociedade; e ainda outras de caráter
mais pessoal, como crises familiares, psicológicas e emocionais. Em resumo,
vivemos em crise! Crise é sinônimo de
dificuldade, adversidade, tensão, complicação, conflito, etc. A palavra
praticamente não aparece na Bíblia, mas o conceito está presente do começo ao
fim. Desde a rebelião de Lúcifer no Céu e a queda da humanidade no Éden (Ap
12:7-9; Gn 1-3), passando por toda a história do grande conflito e a cruz, até
a vitória final de Deus sobre o pecado e o mal (Ap 19-22), as Escrituras apresentam
os altos e baixos de um mundo em constante crise. Além do conceito, a Bíblia
também contém a etimologia da palavra. “Crise” deriva do vocábulo grego krisis,
que ocorre oito vezes no texto original do Novo Testamento, sempre com o
sentido de juízo, julgamento ou decisão.
Nos escritos de Ellen White, o termo crisis, em inglês,
aparece cerca de 50 vezes e é utilizado para definir diferentes situações,
desde problemas circunstanciais na vida pessoal até momentos decisivos da
história da redenção. Alguns exemplos do que Ellen White considerava
crise: - A luta e a agonia de Cristo no
Getsêmani diante do fato de que estava em jogo o futuro da humanidade (O
Desejado de Todas as Nações, p. 693).
- Os desafios enfrentados pela igreja primitiva em seu período formativo
(Atos dos Apóstolos, p. 88, 405).
- Os momentos difíceis através
dos quais Deus conduziu, conduz e conduzirá sua igreja (Review and Herald,
20 de setembro de 1892). - O tempo
atual, na iminência do fechamento da porta da graça, em que é urgente advertir
as pessoas (Testemunhos Seletos, v. 2, p. 371). - Os
acontecimentos finais da história; o tempo de angústia; a futura perseguição do
povo de Deus e a última batalha entre as forças do bem e do mal (Testemunhos
Seletos, v. 2, p. 318-320; v. 3, p. 280;Profetas e Reis, p. 536). - Lutas
pessoais; provações e problemas em geral (Carta 47, 1889; Carta 70, 1894; Ciência
do Bom Viver, p. 119). - Crises financeiras (Conselhos Sobre
Mordomia, p. 97). Tanto na
Bíblia quanto nas obras de Ellen White, a crise representa um momento crucial
da vida ou da história, em que as decisões tomadas determinam o futuro, de
forma positiva ou negativa. Convivendo com a crise Tempos críticos
não são “privilégios” desta geração. A história da humanidade está pontilhada
de momentos conturbados e angustiantes, sobretudo na trajetória da igreja.
Jesus, que enfrentou as crises mais difíceis, foi quem previu que, neste mundo,
teríamos aflições (Jo 16:33). Os heróis da fé tiveram que aprender a lidar com
as intempéries da vida. Paulo, por exemplo, declarou: “Aprendi a adaptar-me a
toda e qualquer circunstância. Sei o que é passar necessidade e sei o que é ter
fartura. Aprendi o segredo de viver contente em toda e qualquer situação, seja
bem alimentado, seja com fome, tendo muito, ou passando necessidade. Tudo posso
naquele que me fortalece” (Fp 4:11-13, NVI).
As crises também fizeram parte da rotina dos pioneiros do adventismo.
Numa época em que os pastores tinham que dividir o tempo entre a pregação do
evangelho e o trabalho duro no campo, Tiago e Ellen White, como outros
pioneiros, lutaram contra a pobreza, as terríveis privações, enfermidades e a
perda de entes queridos. A situação financeira do casal era tão precária que,
certa vez, ao remendar o casaco já remendado do esposo, Ellen afirmou que era
difícil identificar o pano original das mangas (Vida e Ensinos, p. 116). Diante das dificuldades, ela
chegou a questionar se Deus os havia abandonado, mas acabou concluindo que “os
sofrimentos e as provações nos aproximam de Jesus” (Idem, p. 115).
Atitude certa Sem dúvida, a melhor
solução para enfrentar as crises da vida é apegar-se a Deus. Como mostram
Lothar C. Hoch e Susana M. Rocca no livro Sofrimento, resiliência e fé:
implicações para as relações de cuidado, a psicologia tem
comprovado que a fé tem um papel fundamental na superação de dificuldades e
experiências traumáticas. No entanto, em
meio ao turbilhão de uma crise, é normal que as pessoas tenham atitudes diferentes
em relação à religião ou à espiritualidade. Há aqueles que, nos momentos de
dificuldade, simplesmente abandonam a fé. Permitem que o desemprego, as contas
atrasadas, a ameaça de despejo, as doenças ou os conflitos familiares os
desanimem e os afastem de Deus e da igreja. As preocupações são tantas que a
leitura da Bíblia e a oração são deixadas em segundo plano, quando não
totalmente esquecidas. No outro extremo, a segunda atitude é a daqueles que,
quanto mais sofrem, mais se aproximam de Deus e das coisas espirituais. A pessoa
que assume essa postura entende que sua única esperança está além deste mundo e
que orações mais fervorosas, mais estudo da Bíblia e mais frequência à igreja
poderão trazer bons resultados, seja na solução dos problemas ou em obter a
força necessária para suportá-los. A terceira atitude frente a momentos de
crise é aquela em que a pessoa não abandona completamente a fé nem recorre a
ela com maior intensidade, mas acaba adotando um comportamento intermediário,
semelhante à mornidão da igreja de Laodiceia (Ap 3:14-18). Quem está nessa
condição tem a consciência de que não pode viver sem Deus e sem a comunhão da
igreja, por isso segue com suas práticas religiosas, mas de maneira mecânica,
com o brilho ofuscado pelo excesso de preocupações. Qual desses é o seu perfil?
Como você tem reagido às provações da vida? Qual é o efeito da crise sobre sua
fé? Tempo de oportunidades Na
Bíblia, a crise e o sofrimento são comparados ao fogo que purifica o metal
precioso de nossa fé (1Pe 1:6, 7; 4:12, 13; Rm 5:3-5; Hb 11:35-38; Tg 1:12).
Ellen White escreveu que “as provações da vida são obreiras de Deus para
remover de nosso caráter impurezas e arestas.” Segundo ela, só as pedras que o
Mestre considera preciosas são submetidas ao desgastante processo de lapidação
e polimento, para servirem “como colunas de um palácio” (O Maior Discurso de Cristo, p. 23,
24). Thomas DeWitt Talmage, um dos
grandes pregadores do século 19, resumiu de forma poética o resultado da crise
na vida dos personagens bíblicos: “Quando Davi andava em fuga pelo deserto, ele
estava sendo preparado para se tornar o suave cantor de Israel. A cova e a
masmorra foram as melhores escolas em que José foi diplomado. O furacão que
desmantelou a tenda de Jó e matou seus filhos preparou o homem de Uz para […] o
magnífico poema que tem sido o encanto de todas as épocas. Não existe outro
meio de extrair da palha o trigo, senão trilhando-a. Não há outro meio de
purificar o ouro senão queimando-o” (One
Thousand Best Gems, p.83).
Por mais difíceis e traumáticas que sejam, as crises podem ser encaradas
como ocasiões de oportunidade de aprender, crescer e se fortalecer. As crises
não duram para sempre, mas os frutos de decisões tomadas em tempos difíceis
podem ser eternos. É preciso lembrar que, comparados à eternidade, nossos
sofrimentos nesta vida são “leves e momentâneos”. Por isso, devemos fixar os
olhos “não naquilo que se vê, mas no que não se vê, pois o que se vê é
transitório, mas o que não se vê é eterno” (2Co 4:17, 18, NVI). EDUARDO RUEDA é editor dos livros de Ellen G. White na Casa Publicadora
Brasileira
quarta-feira, 23 de março de 2016
Inimigo Invisível
March
21, 2016 - A corrupção é um deles, e
mortal, por sinal, também porque atinge diretamente a pobreza. Hoje, todavia,
quero falar de outro inimigo: drogas. O mundo vive uma terceira guerra mundial,
diferente da segunda apenas pelo fato de, naquela (2ª), nações lutavam contra
nações. Nesta, a das drogas, nenhuma nação se levanta contra nação, mas todas
lutam contra um só inimigo, e vão perdendo as batalhas. Em 2015, o Brasil contava 166 mil presos por drogas, ocupando o 4º
lugar no ranking mundial. O gasto anual para manter esses presos ultrapassa R$
3,5 bilhões. Isto representa 27% do total de sua população carcerária (616
mil). De todos os presos da América do Sul, o Brasil tem 60% deles. Significa
que o Brasil reprime, com eficiência, o tráfico de drogas? Isto não é verdade.
É que tem droga demais. Elas entram por todos os lugares da fronteira. A fronteira do Brasilcom os vizinhos mede aproximadamente 17 mil
quilômetros. A faixa de fronteira corresponde a 150 quilômetros, equivalendo
isto a 29% do território nacional. Todavia, apenas 13% dos policiais federais
estão lotados em delegacias de faixa de fronteira. Com esse contingente, é
humanamente impossível barrar a entrada de drogas e de armas. Não se compreende
como uma delegacia de polícia federal, por exemplo, no Oiapoque (AP), divisa com
a Guiana Francesa e o Suriname, possa ter apenas 14 agentes federais. Diga-se o
mesmo em relação à delegacia de Tabatinga (AM), com menos de 30 policiais
federais, região que faz divisa com a Venezuela, a Colômbia e o Peru, sendo os
dois últimos países grandes exportadores de cocaína para o Brasil. Não adianta o país tentar combater o tráfico sem olhar para a
fronteira e marcar presença nela. Aumenta o tráfico de drogas e armas, cresce a
criminalidade e dispara o consumo. A quantidade de menores de 18 anos viciados
só no crack ultrapassa a 230 mil. Incluindo-se a cocaína, a maconha e outras
drogas, o Brasil soma uma legião de dependentes químicos. O pior é que o país
não disponibiliza estrutura adequada para tratamento dessa gente. Na área de saúde, as drogas causam um desastre. Só para citar um
exemplo, de 1980 até 2015, em torno de 29 mil pessoas morreram porque pegaram
AIDS através do consumo de drogas injetáveis, mediante o uso compartilhado de
seringa. Isto tende a crescer. A cada ano, o Brasil passa a conviver com 30 mil
novos casos de AIDS, o que representa um surgimento de mais 3 mil contágios
através do uso compartilhado de seringas.Em conclusão, o Brasil precisa repensar sua frágil política sobre
drogas, tanto na área de prevenção como na de recuperação e também na
repressão. Caso contrário, esse país terá, em pouco tempo, uma legião de zumbis
trafegando pelas ruas da vida.
Aprenda a desinfetar sua esponja de cozinha.
Coloque a esponja úmida e sem restos de comida
no microondas por 2 minutos. Pronto! 99%
dos germes são eliminados dessa forma.
terça-feira, 22 de março de 2016
Artefatos nucleares perdidos no oceano durante Guerra Fria representam sério risco
21.3.2016 - Um site russo fez um alerta de perigo. O Esoreiter
publicou um artigo sobre os artefatos nucleares perdidos por duas grandes
potências durante a Guerra Fria nos oeceanos. Ainda que o material esteja
danificado e seja improvável que venham a explodir, as bombas atômicas
representam sério risco de vazamento nos oceanos, podendo assim, contaminar a
água do planeta. O Trasher é um
dos submarinos americanos afundado em 1963 que é alimentado por dois reatores
nucleares. O Scorpion fundou em 1968 com dois torpedos atômicos e está a mais
de 3 mil metros de profundidade. E os soviéticos pederam o k-27 após um
incêndio do reator. Também deixaram suas cargas nucleares submerses os
submarinos russos K-8, K-278 E K-159. Vários aviões também representam ameaça,
pois muitos perderam suas bombas atômicas na Guerra, como o B-36, B-47 e o caça
F-86, todos da aviação norte-americana.
domingo, 20 de março de 2016
Dinamarca é país mais feliz do mundo; Brasil aparece em 17º
16.3.2016
- Dinamarca
e Suécia são os países mais felizes do mundo, Síria e Burundi, os mais
miseráveis, e Costa Rica lidera o ranking da felicidade entre os
latino-americanos - aponta o Informe Mundial sobre a Felicidade, em sua edição
2016, divulgado nesta quarta-feira.
O objetivo do ranking é quantificar a felicidade, de modo
que as sociedades possam ser mais saudáveis e eficientes. Esse estudo das
Nações Unidas foi publicado pela primeira vez em 2012.
Assim como no ano passado, Islândia, Noruega, Finlândia,
Canadá, Holanda, Nova Zelândia, Austrália e Suécia ocuparam os primeiros dez
lugares.
No caso específico da América Latina, a liderança é da
Costa Rica, em 14º, seguida de Brasil (17), México (21), Chile (24), Panamá
(25), Argentina (26), Uruguai (29), Colômbia (31), Guatemala (39), Venezuela (44), El Salvador (46), Nicarágua
(48), Equador (51), Bolívia (59), Peru (64), Paraguai (70), República
Dominicana (89) e Honduras (104).
O Burundi apareceu em último, este ano, na 157ª posição.
Entre os lanternas, estão Síria, Togo, Afeganistão e seis países da África
Subsaariana: Benin, Ruanda, Guiné, Libéria, Tanzânia e Madagascar.
Na comparação dos dados de 2005 a 2015, o informe destaca
que a Grécia, que sofreu enormemente com a recessão mundial e agora enfrenta
uma grave crise migratória, registrou a maior queda em seu índice de
felicidade.
Já os Estados Unidos avançaram duas posições e ocuparam o
13º lugar.
Alguns
dos 20 países que mais caíram em seu índice de felicidade foram Egito, Irã,
Jordânia, Iêmen e Arábia Saudita no Oriente Médio; Japão e Índia, na Ásia; e
Chipre, Espanha, Itália e Grécia na Europa, todos fortemente atingidos pela
crise econômica.
A
Ucrânia, imersa na violência desde 2014, também registrou uma queda acentuada.
Em
contrapartida, Islândia e Irlanda são os melhores exemplos: conseguem manter
seu índice de felicidade intacto apesar da crise econômica, graças aos altos
níveis de apoio social, considerou o estudo.
Os autores da
pesquisa usaram seis fatores para explicar a variação de felicidade nesses
países: PBI per capita, apoio social, expectativa de vida, liberdade social,
generosidade e ausência de corrupção.
sexta-feira, 11 de março de 2016
Pão e arroz branco podem aumentar 49% o risco de câncer no pulmão
O tabaco e fatores hereditários deixaram de ser
os únicos motivos que causam o câncer no pulmão. Segundo uma pesquisa da
Universidade do Texas, nos Estados Unidos, o alto consumo diário de carboidratos encontrados em pão
e arroz branco podem aumentar 49% o desenvolvimento da doença. O estudo indica
a redução do consumo diário de alimentos e bebidas com alto nível de
carboidratos. Para o autor da pesquisa, o doutor Xifeng Wu, os resultados
não só sugerem manter uma dieta saudável, como também evitar o uso de tabaco e
álcool. Os alimentos com alto índice glicêmico podem ser encontrados em pães
brancos, arroz branco e massas. A dieta mais indicada seria trocar esses
alimentos pela opção integral deles, além de adicionar frutas, vegetais e
legumes. O câncer de pulmão é o mais comum entre todos os tumores malignos. No
Brasil, a estimativa de novos casos em 2016, de acordo com o INCA,
Instituto Nacional de Câncer, é de 28 mil pessoas, sendo 17 mil homens e
quase 11 mil mulheres.
segunda-feira, 7 de março de 2016
A Bíblia e o fim das esquerdas
07.3.2016 - A atual sucessão de governos na
América do Sul revela o esgotamento das políticas de esquerda. Isso ocorre em
paralelo a uma retomada da economia americana. Os Estados Unidos e o bloco
europeu parecem reafirmar suas posições de liderança e hegemonia no mundo. O
que isso tem a ver com as profecias bíblicas?
De fato, o chamado chavismo perdeu
espaço na Venezuela nas eleições legislativas de 2015, e a hegemonia de 16 anos
da ideologia de Hugo Chávez está ameaçada. Na Argentina, o longo período de 12
anos dos Kirchner (Nestor, depois Cristina) chegou ao fim com a
vitória do liberal Mauricio Macri. Na Bolívia, o socialista Evo Morales não
poderá disputar um terceiro mandato; foi a decisão do referendo de fevereiro
deste ano.
No início dos anos 2000, a ascensão de
Lula, Chávez e Kirchner, respectivamente, no Brasil, Venezuela e Argentina,
provocou uma onda das políticas sociais de esquerda na América do Sul. Na força
dessa onda, em 2005 o Uruguai elegeu Tabaré Vázquez; em 2006 a Bolívia elegeu
Morales e o Chile, Michelle Bachelet. Essa onda alimentou o ideal de políticas
sociais igualitárias e paternalistas na população sul-americana, uma das
sociedades mais desiguais do planeta.
Ao final de quase 15 anos, os elos
dessa corrente têm se enfraquecido e quebrado um após o outro. No Brasil, a
maior potência econômica da região, o governo de Dilma Rousseff está seriamente
ameaçado pelos mesmos motivos dos demais: evidências de corrupção e falência
das políticas populistas.
O enfraquecimento das esquerdas na
América do Sul faz parte do processo de desorganização da ideologia socialista
como um todo em curso desde a queda do Muro de Berlim, em 1989. A falência do
maior estado sócio-político construído sobre essa ideologia, a União Soviética,
fragilizou o discurso revolucionário ao redor do mundo. Além disso, o regime
comunista em Cuba e na Coreia do Norte só tem fortalecido a mentalidade
capitalista devido às agruras sociais e econômicas evidentes nesses países.
O comunismo chinês sustentou elevados
índices de crescimento econômico nos últimos anos, mas somente graças à
abertura para a economia de mercado em curso ali desde os anos 1970. No
entanto, apesar de representar uma salvaguarda para a ideologia socialista, o
milagre chinês começa a apresentar sinais de esgotamento. Nos dois últimos
anos, a China tem enfrentado crescente fuga de capitais, queda da bolsa,
desvalorização da moeda e do mercado imobiliário e evidências de corrupção.
Este período da economia chinesa tem sido avaliado como o fim de um ciclo.
O enfraquecimento dessas economias
coincide com a retomada do crescimento dos Estados Unidos. Muita coisa não vai
bem nas economias modernas, mas o que se assiste nestes tempos pode ser
considerado como um esgotamento quase final das ideologias de esquerda e um
fortalecimento da economia de mercado em nível global.
Uso aqui
a expressão “esquerda” em referência às políticas voltadas para o estado
intervencionista e controlador da liberdade geral, e “economia de mercado” para
aquelas fundadas na ideia da suficiência do mercado em regular a si mesmo. Em
geral, as políticas de esquerda defendem a igualdade, e as de direita, a
liberdade. No livro Destra
e Sinistra, o filósofo italiano Norberto Bobbio diz que a esquerda
procura eliminar as desigualdades sociais com medidas protecionistas, já a
direita entende que essas desigualdades são naturais e que a sociedade se
autorregula.
Outro aspecto das ideologias de
esquerda é a negação da dimensão religiosa da sociedade. Por sua vez, a direita
se adapta ao discurso religioso e o utiliza como parte de suas estratégias de
poder.
Essa tensão entre uma esquerda que
nega Deus e uma direita que pretende usar o nome de Deus foi prevista por
Daniel, profeta e também estadista. As visões relatadas nos capítulos 2, 7 e 8,
de seu livro, têm o foco no “tempo do fim”, quando o poder perseguidor dos
“santos” emerge mais uma vez, mas só para ser destruído com a chegada do reino
de Deus. O profeta diz que o reino de Deus “esmiuçará e consumirá todos estes
reinos” humanos (Dn 2:44), e que “o domínio, e a majestade dos reinos” serão
dados aos “santos do Altíssimo” (7:27; ver 8:9-12).
Mas, onde está a esquerda e a direita
na profecia?
As profecias apocalípticas se
desdobram em quadros paralelos, os quais acrescentam novos detalhes ao tema já
abordado. Tratando do mesmo “tempo do fim”, a visão de Daniel 11 descreve um
conflito prolongado entre o chamado “rei do Norte” e o “rei do Sul” (v. 40-45),
no qual o Norte prevalece sobre o Sul, pouco antes de investir contra o
“glorioso monte santo”, ou seja, os mesmos “santos” das visões de Daniel 7 e 8.
As expressões “monte santo” e “monte Sião” frequentemente indicam o santuário e
o povo de Deus (Ez 20:40; 28:14; Dn 9:16, 20).
O perseguidor dos “santos”, de acordo
com Daniel 7 e 8, é o “chifre pequeno”, símbolo do papado. Ele muda a lei de
Deus, persegue os que permanecem fiéis às Escrituras e pretende tomar o lugar
de Deus na Terra (Dn 7:8, 21, 25; 8:9-12). Entretanto, antes de perseguir os
santos, no tempo do fim, o “chifre pequeno”, que é o mesmo “rei do Norte” (Dn
11:31, 36, 37), terá de suprimir o “rei do Sul”. Mas, no clímax da investida
contra o “monte santo”, o tal “rei do Norte” será derrotado (11:45; ver 8:25).
Os “rumores do Oriente” que o perturbam são as claras evidências da chegada do
reino de Deus com a volta de Cristo (11:44; 8:13, 22).
Da perspectiva de Israel, o Norte era
a posição de Babilônia e o Sul, a do Egito. Na Bíblia, frequentemente o Norte
representa aquele que deseja estar em lugar de Deus. Lúcifer desejava subir ao
“céu”, exaltar seu trono “nas extremidades do Norte” e ser “semelhante ao
Altíssimo” (Is 14:13, 14). Babilônia é referida como o poder do “Norte” que
derrama “o mal sobre todos os habitantes da terra” (Jr 1:13-16; 6:22, 23). O
rei de Babilônia teve a arrogância de desafiar a Deus (Dn 3:15; 4:24, 25).
Daniel afirma que o “chifre pequeno” provém do Norte (Dn 8:9). No Apocalipse, o
poder que se levanta contra os fiéis de Deus no tempo do fim é retratado como
“besta” ou “Babilônia” (Ap 13:1, 7; 14:8; 17:5; 18:2, 10, 21).
Se o “rei do Norte” é o mesmo “chifre
pequeno”, que é o papado em sua investida contra os “santos”, quem é o “rei do
Sul” que será suprimido antes da perseguição aos “santos do Altíssimo”?
Jacques
Doukhan, em seu livro Secrets
of Daniel, comentando Daniel 11, diz que o Sul simboliza, na
tradição bíblica, “o poder humano sem Deus”. O Sul aponta para o Egito (Dn
11:43), especialmente para o orgulhoso faraó: “Quem é o Senhor para que lhe
ouça eu a voz e deixe ir a Israel? Não conheço o Senhor” (Êx 5:2). Uma aliança
de Israel com o Egito seria um deslocamento da fé, uma troca de Deus pela
humanidade, ou seja, a fé na humanidade substituindo a fé em Deus. Isaías diz:
“Ai dos que descem ao Egito em busca de socorro e se estribam em cavalos; que
confiam em carros, … mas não atentam para o Santo de Israel, nem buscam ao
Senhor! … Pois os egípcios são homens e não deuses” (Is 31:1-3).
Assim,
no conflito protagonizado pelo Norte e o Sul, nessa visão de Daniel 11, “o
Norte representa o poder religioso” que pretende ocupar o lugar de Deus, o
poder do estado perseguidor dos “santos”; e o “Sul representa os esforços
humanos que rejeitam Deus e têm fé apenas na humanidade”, ou seja, os poderes
seculares fundados nas ideologias ateísticas e materialistas (Secrets
of Daniel, p. 173). Nesse caso, as ideologias de esquerda e seus
estados socialistas são aqui retratados com a figura do Egito e do Sul.
Assim, Daniel previu um conflito
prolongado, no tempo do fim, entre o poder político-religioso e o poder ateísta
e materialista. Ele visualizou a resistência do poder materialista, mas
profetizou que este último terminaria sendo suplantado.
O Apocalipse não dá esses detalhes do
conflito providos pelo estadista Daniel. João visualizou o momento posterior em
que todos os que “habitam sobre a terra” (Ap 13:14) e os “reis do mundo
inteiro” serão envolvidos pelo poder da Babilônia, no Armagedom (16:14, 16).
Essa profecia de Daniel 11 é
extremamente significativa diante da nova configuração geopolítica do mundo
desde a queda do muro de Berlim. Os poderes políticos capitalistas, unidos ao
poder religioso cristão desviado da verdade bíblica, conseguiram desorganizar o
estado comunista e materialista europeu no fim da Guerra Fria. Nos anos 1990, o
poder americano despontou como a única potência global, deixando em seu rastro
as ideologias de esquerda em completa confusão. O Norte se sobrepôs ao Sul.
No desfecho
desse conflito que resultou na queda do comunismo no Leste europeu, os Estados
Unidos tiveram um decisivo aliado: o papa João Paulo II, que conseguiu
restaurar a influência religiosa do Vaticano no mundo. Isso é o que contam os
jornalistas Carl Bernstein e Marco Politi, no livro Sua Santidade: João Paulo II e
a História Oculta do Nosso Tempo (Objetiva,
1996).
Nesta década, a segunda etapa de
desorganização das ideologias e dos regimes de esquerda, incluindo os da
América do Sul, aponta para o crescente poder do “rei do Norte”. Segundo a
profecia, sua agenda prevê investidas iminentes contra o “monte santo de Deus”.
Esta será a última batalha do “rei do Norte”, na qual, porém, será
completamente derrotado. O Apocalipse prevê a dramática queda da confederação
da Babilônia, que é o mesmo “rei do Norte” (Ap 18:1-8).
Daniel garante que Deus se levantará
em defesa de seu povo, e o fim chegará para o opressor, e “não haverá quem o
socorra” (Dn 11:45).
VANDERLEI DORNELES, pastor e jornalista, é doutor
em Ciências pela Escola de Comunicação e Artes (USP), onde defendeu tese sobre
os aspectos mitológicos da cultura norte-americana. Autor dos livrosO Último Império e Pelo Sangue do
Cordeiro, entre outros, atua como
redator-chefe associado na CPB
Europa treme à medida que Trump se aproxima da Casa Branca
03.3.2016 - Superada
a perplexidade provocada pela pré-candidatura de Donald Trump à presidência dos
Estados Unidos, a Europa vê agora com preocupação o avanço do magnata, que soa
como um alerta diante da ascensão do populismo no continente. Em visita a
Washington, o ministro alemão das Relações Exteriores, o social-democrata
Frank-Walter Steinmeier, não duvidou em entrar no debate com um discurso que
envolve claramente o favorito nas primárias republicanas. "Na Alemanha e
na Europa se desenvolve algo na nossa vida política e, para ser honesto,
constato aqui também, nos Estados Unidos, durante a campanha das primárias: a
política do medo", disse Steinmeier em um discurso para estudantes. Donald
Trump na Casa Branca seria uma "catástrofe planetária", escreveu o
editorialista do Financial Times, Martin Wolf, depois da vitória do magnata nas
votações da "Super Terça". Trump é um "xenófobo e um
ignorante", acrescentou Wolf, que estabeleceu um paralelo entre a
trajetória do milionário, a queda do império romano e, inclusive, a ascensão de
Hitler. A imprensa francesa demonstrou a mesma inquietação, estabelecendo um
vínculo entre a irresistível ascensão de Trump e os recentes êxitos eleitorais
da extrema direita na França e Europa. "Trump não é apenas uma curiosidade
ianque. Critica as elites instaladas, acusa os imigrantes de tudo e promete a
Lua aos brancos afetados pela crise. Uma música populista conhecida deste lado
do Atlântico. Mais preocupante do que engraçado", diz o jornal Le
Parisien. O jornal conservador Le Figaro anunciou que, à sua maneira, Trump é
um "emissor de alerta"."Convém lembrar às elites políticas
europeias que é perigoso esquecer o idioma daqueles aos quais pedem o
voto", disse Le Figaro. O bilionário recebeu, ao contrário, o apoio de
outra personalidade da extrema direita francesa, o ex-presidente da Frente
Nacional Jean-Marie Le Pen. "Se fosse americano, votaria em Donald
TRUMP", escreveu Le Pen em sua conta no Twitter. Para o jornal alemão Die
Welt, Trump é a versão americana da ascensão da extrema direita na Europa, o
representante de um "desejo de revanche contra as elites arrogantes"."Trump,
Le Pen, Petry e todos os outros se parecem em seu narcisismo, que se alimenta
do tumulto e da doença da demagogia", destacou o jornal. Frauke Petry é a
principal dirigente do partido de extrema direita Alternativa para a Alemanha
(AfD), que vivencia uma fulgurante alta nas pesquisas eleitorais graças à crise
dos imigrantes. "Quando a classe média começa a votar em Trump, temos um
problema", resumiu o economista sueco Sandro Scocco, do círculo de
reflexão de esquerda Arena. Para Scocco, o auge da extrema direita se deve ao
aumento das desigualdades sociais. No fim de 2005, as declarações de Trump
dizendo que seria preciso impedir "temporariamente" o acesso dos
muçulmanos aos Estados Unidos receberam uma onda de críticas. Estas declarações
geram "divisão" e são "estúpidas e falsas". Se Trump
"viesse ao nosso país, estaríamos todos unidos contra ele", respondeu
Cameron.
sábado, 5 de março de 2016
Não ignore as eleições nos EUA. Donald Trump é um perigo também para o Brasil
01.3.2016 - Enquanto
a Operação Lava Jato dispara contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva,
que dispara contra o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que dispara
contra a presidente Dilma Rousseff, que dispara contra o presidente da Câmara
Eduardo Cunha, a 7.300 quilômetros daqui o destino de bilhões de pessoas, entre
elas, milhões de brasileiros, começa a ser desenhado. A eleição presidencial
americana, um dos pleitos mais longos e complexos do planeta, teve um capítulo
decisivo nesta terça, 1º de março – a chamada Super Terça, quando aconteceram
as 12 primárias estaduais que definiram os candidatos dos partidos Democrata e
Republicano para a disputa. Atualizado, quarta 02.03 – Como
tudo indicava, a senadora nova-iorquina Hillary Clinton, pelos democratas, e o
magnata do setor imobiliário, Donald Trump, pelos republicanos, consolidaram as
suas vitórias na Super Terça, levando alguns Estados de baciada. Agora é que são elas,
melhor dizendo, eles. Em quê isso impacta a sua vida? Em muita
coisa. Uma
possível vitória de Trump, em 8 de novembro, teria consequências desastrosas
para o Brasil e o mundo. E antes de encher o peito e dizer que você não tem
nada a ver com isso, saiba que os brasileiros foram mencionados na cantilena
xenófoba de Trump por pelo menos duas vezes recentemente. Para Donald Trump,
os brasileiros “roubam empregos” dos americanos .
Ao participar do programa Face the Nation,
do canal CBS, em novembro, Trump, cujo slogan de campanha é Make America
Great Again! (Fazer a América Grande de Novo, em tradução livre),
disse, sem dar detalhes, que “traria de volta aos Estados Unidos um grande
número de postos de trabalho da China, do Japão, da Índia e Brasil,
países que estão roubando nossos empregos”. Duas semanas antes, ao participar de um especial do
programa Today, da NBC, ele sentenciou: “Olhe nossos negócios com o
Japão. Eles nos dão milhões de carros. A gente não recebe nada em troca.
É uma rua de mão única com eles. O Brasil também. Não tem um país que não tira
vantagem da gente”. As menções aos brasileiros são sinais particularmente
graves, se levarmos em conta que Trump pode: contribuir para dificultar as
relações diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos; impor barreiras comerciais
ao País e dificultar a vida de imigrantes brasileiros na América. Só para
começar. Neste oceano de mediocridade política, onde os adversários Ted Cruz,
Marco Rubio e John Kasich se afundaram em argumentos insossos e os caciques
republicanos foram obrigados a engolir o carisma de Trump goela abaixo, o todo
poderoso nadou de braçada e, acredite, tem chances reais de tornar-se
presidente dos Estados Unidos. Debochado, superficial, grosseiro, dono de
ideias simplórias e de um discurso infantil, o magnata exerce fascínio em parte
considerável do eleitorado e parece imune a tropeços. A audiência de Trump, que
só faz crescer, se encanta com a espetacularização de seus comícios, com os
absurdos que saem de sua boca e, principalmente, com sua trajetória vencedora.
Admite que tem pavor dos imigrantes, dos muçulmanos, de perder o emprego e de
não poder se armar para se defender. Trump, que devolve o apoio com caras, bocas e
clichês, lidera entre os cristãos evangélicos, mulheres, moderados, eleitores
com ensino superior e eleitores conservadores mais pobres. E está na frente
entre os eleitores que têm probabilidade maior de ir às urnas (lá, o voto não é
obrigatório). Na
semana passada, Trump recebeu a adesão de supremacistas brancos da Ku Klux Klan
– e não a rejeitou. Além de atacar os brasileiros, o magnata já declarou mais
de uma vez que tem obsessão pela construção de um muro em toda a fronteira com
o México. Defendeu em seus comícios técnicas de tortura, o impedimento da
entrada de muçulmanos no país, a perseguição e morte a familiares de
terroristas em solo americano e ameaçou socar o rosto de um eleitor contrário a
sua candidatura. Poder, poder mais
poder Caso o magnata
republicano seja eleito, ele terá em mãos 16% do PIB mundial e comandará a
maior economia e o mais potente Exército do mundo – carregado de armas
nucleares e com um orçamento de R$ 2,4 trilhões anuais. Deterá, ainda, um
precioso poder de veto no Conselho de Segurança da ONU. Os desafios estarão à
altura: reerguer a combalida saúde pública, enfrentar a violência doméstica,
estimular a economia e o comércio exterior, seguir com a reaproximação com
Cuba, acalmar a fronteira com o México, encarar a Rússia na crise de refugiados
sírios e agir proativamente no Oriente Médio. Como fará tudo isso, Trump nunca
disse. É ou não é para se preocupar?
quarta-feira, 2 de março de 2016
O que aconteceria com o mundo no caso de uma guerra nuclear?
01.3.2016 - Esta semana o tema de uma possível guerra termonuclear global voltou à tona, com informações turcas sugerindo que armas nucleares poderiam ser usadas na Síria. O relatório - elaborado pela Consortium News - não tinha como base dados comprovados, mas afirmava que o presidente russo Vladimir Putin estaria “pronto” para usar as armas como uma forma de defender as tropas no caso de uma invasão turca. O relatório também ressalta o fato de que tanto a Rússia quanto a OTAN ainda podem realizar ataques nucleares em escala global - e afirma que as armas estão prontas para tal. Desenhados para serem praticamente impossíveis de combater, mísseis termonucleares intercontinentais poderiam destruir cidades do outro lado do planeta em minutos - e causar mudanças instantâneas e catastróficas no mundo todo. A Associação de Controle de Armas disse, “Os Estados Unidos e a Rússia ainda enviam mais de 1.500 ogivas estratégicas em centenas de mísseis e bombardeiros - muito mais do que o necessário para impedir um ataque nuclear - e estão modernizando seus sistemas de entregas nucleares”. “Se estas armas fossem usadas, mesmo de forma ‘limitada’, o resultado poderia ser uma devastação nuclear catastrófica.” Como a guerra nuclear começaria? Nenhum país com um grande arsenal nuclear - como a Rússia ou os Estados Unidos - quer ativamente um confronto nuclear. O que os analistas temem é um confronto militar ou político que aumente a tensão ao redor de um ataque nuclear - o que pode fazer com que um dos lados resolva atacar. Momentos como esses foram aspectos fundamentais na Guerra Fria entre a União Soviética e os líderes ocidentais. Em 1983, os soviéticos estavam convencidos de que um exercício de treinamento nuclear da OTAN - Able Archer 83 - era na verdade uma farsa para encobrir um ataque real contra os países signatários do Pacto de Varsóvia. De acordo com o novo relatório, as forças soviéticas começaram a mover mísseis nucleares para estações de lançamento na Europa, e elementos militares soviéticos foram preparados para a guerra.
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