Os catalães criticaram a escolha do local e compararam ao fiasco que foram os Jogos de Atlanta-96. De acordo com o Sport, um dos piores pontos era a distância entre a nova linha quatro do metrô, inaugurada poucos dias antes da Cerimônia de Abertura.
"Uma lástima que a estação mais próxima do Parque Olímpico fique a uns 15 quilômetros de distância. E tão pouco há um trem para fazer o translado. Imagina levar dezenas de milhares de pessoas apenas com ônibus? Sorte que o sistema BRT foi uma das poucas coisas que funcionaram", criticou.
Outro ataque pesado veio na distância entre o Engenhão, local que recebeu o atletismo, do Parque Olímpico. "Como só se podia chegar de ônibus ou um trem que obrigava a uma volta enorme, muitos espectadores ficaram com "medo" e preferiram desfrutar de outros esportes no Parque Olímpico."
O mesmo tipo de crítica foi feita em relação a Deodoro, na zona norte do Rio. Os espanhóis disseram que a região fica em uma das três piores favelas do Rio, o que acabou com as chances de lotação das arenas no local.
"Salvo exceções, os esportes que foram disputados ali sofreram com o déficit de torcedores", destacou.
Por último, o Sport atacou o centro de imprensa, com longas filas para entrar e com preços fora da realidade.
"Era caótico, e ainda por terminar, com apenas um caixa eletrônico para milhares de profissionais. E os preços eram infames. UM pouco de arroz com um pedaço de pizza e um suco saia quase 20 euros. Até mesmo no supermercado da Vila Olímpica os preços eram superiores a 60% dos preços das ruas.
"Os desejos de grandeza do processado ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os obscuros interesses do COI derivaram em uma cidade olímpica anos luz atrás de Pequim e Londres em quase todos os aspectos. Mas, claro, como os que escolheram o Rio de Janeiro antes de Madri se locomoveram em carros oficiais e ‘zonas VIP', certamente não terão queixas de transporte, organização, comida e condições de trabalho... Um desastre", completou.
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