domingo, 22 de janeiro de 2017

Inaugurado em Itu centro para soluções rápidas em ações judiciais

21/01/2017 - Na noite da última quinta-feira (19), foi inaugurado o Centro Municipal de Conciliação de Conflitos – Concilia Itu, destinado a promover acordos em ações judiciais. Durante a solenidade, o prefeito Guilherme Gazzola comentou sobre a emoção de efetivar a primeira obra estrutural de sua gestão.
De autoria do Executivo ituano, o projeto reúne possibilidades de acordos em dívidas dos contribuintes e outros tipos de ações judiciais. “Teremos a facilidade para que devedores quitem seus débitos, a busca de eficiência na recuperação tributária, além de propor soluções rápidas para diversos tipos de ações judiciais”, explicou o secretário municipal de Assuntos Jurídicos, Edward Simeira.
De acordo com o supervisor do projeto, o procurador municipal Damil Carlos Roldan, o Concilia Itu aproxima o cidadão da Prefeitura, possibilita uma solução justa e rápida para diversos tipos de ações judiciais e diminui o número de processos tramitando no Poder Judiciário. “O prefeito Guilherme Gazzola deu prioridade a este projeto. Medidas como estas nos dão certeza de que Itu voltará, em breve, a ocupar o lugar de destaque que merece”, enfatizou Roldan.
Outros dois avanços foram possíveis devido à referida lei: a Câmara de Conciliação de Conflitos na Administração Pública e o Comitê Municipal de Incentivo à Conciliação e Demandas. O Concilia Itu fica na Praça Conde de Parnaíba, 181, Centro, e funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.

sábado, 21 de janeiro de 2017

Cientistas encontram anticorpo capaz de neutralizar o HIV em 98% dos casos

19/01/2017 - Pesquisadores do National Institutes of Health (NIH), dos EUA, disseram ter descoberto um anticorpo produzido por um paciente soropositivo que neutraliza 98% de todas as estirpes de HIV testadas, incluindo a maioria resistente a outros anticorpos de mesma classe. Como o vírus é capaz de responder rapidamente às defesas imunitárias do organismo, encontrar um anticorpo que possa bloquear uma vasta gama de estirpes se tornou uma atividade muito difícil. No entanto, com a nova descoberta, cientistas poderão começar a formar a base para uma possível vacina contra o vírus, segundo informações da Science AlertO anticorpo, chamado N6, conseguiu manter sua capacidade de reconhecer o HIV até mesmo quando o vírus se transformou e se separou dele. Ele também foi tido como 10 vezes mais potente do que VRC01 – anticorpo de mesma classe que o N6 que havia passado para ensaios clínicos de fase II em pacientes humanos, após proteger macacos contra o HIV por um período de quase seis meses. Segundo Anthony S. Fauci, do National Institute of Allergy and Infectious Diseases, dos EUA, “a descoberta e caracterização do anticorpo com excepcional amplitude e potência contra o vírus fornece um importante avanço para o desenvolvimento de estratégias de prevenção e tratamento do HIV”. Um anticorpo, basicamente, é uma proteína produzida pelo sistema imunológico em resposta a agentes patogênicos potencialmente nocivos, como bactérias e vírus. Ele é responsável pela identificação e destruição dos patógenos, e o faz se unindo a eles para neutralizar seus efeitos biológicos por conta própria, ou pela sinalização aos glóbulos brancos – que aparecerão para destruí-los. Na recente pesquisa os cientistas expuseram o N6 a 181 linhagens diferentes de HIV, conseguindo destruir 98% delas, incluindo 16 das 20 estirpes resistentes a outros anticorpos de mesma classe. Ele foi considerado um passo significativo, uma vez que o anticorpo estudado anteriormente, VRC01, impediu que 90% das cepas do vírus infectassem células humanas. O anticorpo N6 ainda foi considerado ter extraordinária amplitude e potência. “Dos anticorpos considerados para o experimento clínico, existem os que são extremamente amplos, porém moderados em potência (como o 10E8 ou VRC01), e os extremamente potentes, mas menos amplos (como o PGT121 ou PGDM1400)”. Os pesquisadores acompanharam a evolução de N6 ao longo do tempo para ver como ele respondia às mudanças de forma do HIV, e descobriram que ele confiava menos em se ligar às partes do vírus que estavam mais propensas a mudar – conhecidas como região V5 – e o fazia em partes que se transformavam menos em cada estirpe. Assim, ao se anexar no vírus, o anticorpo foi capaz de impedir que ele se ligasse a outras células imunes do hospedeiro e as atacasse – o que torna as pessoas soropositivas mais vulneráveis à AIDS. Também foi verificado que mutações do HIV mais resistentes ao N6 raramente apareciam, o que sugere que o vírus não pode responder a esse anticorpo tão rapidamente quanto aos outros estudados. Contudo, há de se considerar que, até agora, os resultados foram observados apenas em laboratório e, por isso, até os vermos replicados em ensaios com humanos, teremos de permanecer cautelosamente otimistas.

O estudo foi publicado recentemente na revista Immunity.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Muito tempo sem treinar? Saiba os efeitos dessa pausa em seu corpo

Dar uma pausa às vezes é necessário, seja para um descanso, férias ou até mesmo para se recuperar de alguma lesão, mas será que isso coloca todo o seu preparo já conquistado a perder?
Webrun conversou com o treinador de corrida e professor de educação física da Quark Sports, Eduardo Barbosa, para entender a influência disso em nosso corpo.
De acordo com ele, após manter um ritmo de treinos intensos e longos em uma temporada, é imprescindível dar um bom descanso ao corpo e até mesmo trocar a corrida por outra atividade física recreativa no período de férias, por exemplo, mesmo isso causando alguns efeitos.
“Ficar parado por mais de 15 dias já causa uma perda na condição física, no entanto se for realizado uma outra atividade física, por exemplo a troca da corrida por ciclismo, surf ou natação, o que chamamos de "Cross Training" em intensidade leve, respeitando uma boa alimentação, você pode ficar até 30 dias aproximadamente sem maiores prejuízos, principalmente se considerarmos atletas amadores”, explica Eduardo.
Com essa pausa de 15 dias nos treinamentos, o rendimento do músculo esquelético sofre uma queda considerável, o que pode prejudicar o sistema cardio respiratório. Nada que não possa ser recuperado com um período de base, tanto na musculação como na corrida. Segundo o preparador, se os treinos forem retomados com normalidade, em até quatro semanas é possível apresentar a condição física pré-férias.
De que forma o atleta deve voltar aos treinamentos?
“No retorno deve se realizar os exames médicos de todo começo de ano. Para corredores um teste ergo espirométrico pode ajudar seu treinador a definir as intensidades de corrida e ter dados como o consumo máximo de oxigênio. O trabalho de base com musculação e corrida, trabalhando em intensidades leve a moderada para atletas já treinados, pode ser intercalado com treinos fortes. Pensando em preparação e não em ritmo de competição, respeitar a periodização do profissional que te orienta é o principal para voltar com tudo", afirma o treinador.

sábado, 14 de janeiro de 2017

Crise nas prisões reflete batalha do PCC por rotas do tráfico internacional

 "Paz, Justiça e Liberdade", o lema do PCC pintado no Carandiru em 2001.




13/01/2017 - A mentalidade empresarial do grupo fez com que atingisse um faturamento anual estimado em 200 milhões de reais, com sofisticados esquemas de lavagem de dinheiro em bancos na China e nos Estados Unidos. Mas sua ambição expansionista, mirando o domínio absoluto do mercado interno de drogas e das rotas internacionais de tráfico no país, o colocou em colisão com outras facções, como a Família do Norte, que se opôs ao batismo [recrutamento] de integrantes do PCC no Amazonas. Apenas este ano, 106 detentos já foram mortos nos presídios do país, a maioria em função do conflito entre os dois grupos - quase um terço do total ocorrido no ano passado inteiro. O caso mais recente ocorreu na Penitenciária de Tupi, em São Paulo, com o assassinato de dois presos. As autoridades, no entanto, não veem relação entre o episódio e a rixa de facções. Para alcançar a hegemonia absoluta no país, a facção trabalha para montar uma rede de contatos e se fortalecer em pontos estratégicos do Brasil: no Norte, o foco são os Estados que fazem fronteira com países produtores de cocaína, como Bolívia, Peru e Colômbia. E na região Sul e Centro-Oeste, nos Estados que têm fronteira com o Paraguai, que produz apenas maconha, mas é importante entreposto comercial para o tráfico na América do Sul. É justamente no Mato Grosso do Sul e no Paraná, que fazem fronteira com o país vizinho, que a influência do PCC é mais forte fora de São Paulo. Da fronteira com o Paraguai a facção traz carregamentos de droga para abastecer o mercado interno no Sudeste e Sul do Brasil, e também para exportar até a Europa e África.
O tráfico internacional é uma das apostas do PCC. “A droga é enviada dentro de contêineres a partir do porto de Santos [em São Paulo] ou Suape [em Pernambuco] com destino a portos com pouca fiscalização na África, Itália ou Portugal”, afirma o promotor Lincoln Gakiya, do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público de São Paulo. De acordo com ele, as remessas de cocaína para o exterior são “uma fonte de renda bastante lucrativa para o PCC, mais do que o mercado interno brasileiro”. “O quilo dessa droga na Europa, em Euro, vale até cinco vezes maior do que no Brasil”, diz. Gakiya afirma que a facção paulista age em parceria com grupos criminosos estrangeiros nesta empreitada, tais como “as máfias italianas, a napolitana Camorra e a 'Ndragheta calabresa, além de grupos organizados na África”.
Um dos homens do PCC responsáveis por articular os contatos internacionais do grupo é Fabiano Alves de Souza, conhecido como Paca. Após cumprir pena de mais de 11 anos na penitenciária de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo, ele ganhou a confiança da sintonia geral, a cúpula da facção. Após ser solto, Souza foi para o Paraguai, onde se articulou com grupos locais, entre eles o Exército do Povo Paraguaio, que atua no norte do país e fornece drogas e armas aos criminosos brasileiros.
Da fronteira os criminosos da facção teriam orquestrado a morte do mega-traficante Jorge Rafaat Toumani em julho de 2016. Conhecido como o “rei do tráfico” na região, ele foi fuzilado em Pedro Juan Caballero, no Paraguai, em uma ação cinematográfica que envolveu metralhadoras de calibre .50, que podem derrubar aviões, montadas na traseira de picapes. A polícia local afirmou que mais de 30 veículos participaram do atentado contra o barão da droga e sua entourage, que mesmo viajando em um carro blindado morreu no local. Rafaat, que até então tinha relações cordiais com o PCC, entrou na mira da facção ao cobrar um “pedágio” mais caro para que os paulistas trouxessem droga do Paraguai para o Brasil.
Outro barão da droga que fornece para o PCC no Paraguai é Jarvis Chimenes Pavão. Ele cumpria pena em uma cela de luxo na prisão de Tacumbú, em Assunção. De dentro de seus aposentos (a cela tinha três suítes, sofás de couro, geladeira e paredes de granito), ele comandava o tráfico de droga na região, usando uma empresa de transportes de fachada para facilitar o transporte da cocaína. O Brasil tenta, sem sucesso, extraditar o criminoso de volta para o país.
Já a rota do Norte é onde o PCC esbarrou na resistência da FDN. A facção manauara, que é aliada do Comando Vermelho, assassinou em 2015 três importantes lideranças do PCC dentro de presídios de Manaus, sob o pretexto de que eles estavam recrutando detentos do grupo. O que se seguiu foi uma série de massacres nas penitenciárias do Amazonas, Roraima, Rondônia e Acre que começaram no final de 2016 e se estenderam até janeiro deste mês, com um saldo de mais de uma centena de detentos mortos.
O promotor Gakiya afirma que a droga comprada no Peru, Colômbia e Bolívia é mais pura do que a obtida no Paraguai, e consequentemente “atinge um preço melhor e tem maior aceitação no mercado europeu”. Enquanto que a cocaína paraguaia já foi diluída antes da venda, a proveniente destes países ainda pode ser cortada [diluída] até quatro vezes para maximizar os lucros, o que explica a disputa pelo controle da região.

Queda dos homicídios em SP e caixinha

Muito antes da megarrebelião de 2001 organizada pelo PCC em São Paulo, as autoridades já sabiam que algo estava acontecendo dentro do sistema penitenciário. Desde 1993 um grupo de presos detidos no anexo da Casa de Custódia de Taubaté, no interior do Estado, articulava a fundação de uma facção criminosa que seguisse os moldes do Comando Vermelho (CV), grupo fluminense fundado nos anos de 1970.
Especialistas apontam que o Massacre do Carandiru (ocorrido em 1992 em São Paulo no qual morreram 111 presos assassinados por policiais) e os consequentes maus-tratos sofridos dentro do sistema carcerário serviram de estopim para a fundação do grupo. “111 presos foram covardemente assassinados, massacre este que jamais será esquecido na consciência da sociedade brasileira (...) porque nós do Comando [PCC] vamos mudar a prática carcerária, desumana, cheia de injustiças, opressão, torturas, massacres nas prisões”, diz um dos artigos do estatuto do grupo.
Mais à frente, o código que rege a conduta dos integrantes do PCC prega a “união da luta contra as injustiças e a opressão dentro das prisões” e “a luta pela liberdade, justiça e paz”, a facção cresceu e ganhou recrutas em cárceres superlotados onde antes vigorava a lei do mais forte. Um dos artigos do estatuto afirma que “o Partido [outro nome do PCC] não admite que haja assalto, estupro e extorsão dentro do Sistema [penitenciário]”.
Além disso, a organização montou um esquema de amparo aos presos, que previa até mesmo o pagamento de advogados e auxílio financeiro para os familiares. A previdência paralela era bancada pelos integrantes que, em liberdade, precisavam contribuir com uma caixinha para garantir o bem estar dos irmãos [termo usado pelos integrantes da facção para designar seus comparsas] presos. O valor pode chegar a até 800 reais, dependendo da atividade desempenhada nas ruas – roubo ou tráfico.
Em 2006 nova demonstração de força do grupo. Descontentes com a transferência de centenas de presos dentre eles Marcos Willians Herba Camacho (vulgo Marcola, maior liderança da facção) para a penitenciária de Presidente Venceslau, o PCC organizou uma série de motins e ataques conta alvos do Estado. A ação paralisou a capital do Estado, e o revide de grupos de extermínio integrados por policiais mataram centenas de pessoas nas ruas de São Paulo.
Sem rivais de peso em seu reduto e oferecendo benefícios e uma alternativa à lei do cão que vigorava antes, o PCC obteve sem dificuldade o monopólio do tráfico de drogas e do crime organizado no maior Estado do país. As facções paulistas Seita Satânica, Comando Revolucionário Brasileiro da Criminalidade e Terceiro Comando da Capital, rivais locais do PCC, têm presença quase insignificante nos presídios e são mais fracas ainda fora deles.
Nas periferias do Estado, até então mergulhadas em sangue, o grupo proibiu assassinatos sem sua chancela. O resultado da medida, vista por muitos especialistas como sendo a grande responsável pela queda dos homicídios em São Paulo, levou à criação dos “tribunais do crime”. Disputas que antes eram resolvidas necessariamente à bala agora eram arbitradas pelo PCC, e a sentença na maioria das vezes deixou de ser a morte. A lógica por trás deste mecanismo, no entanto, não é humanista: com a redução das mortes nas periferias a polícia pressionava menos os traficantes, que se viam livres para tocar os negócios nas bocas de fumo.
A expansão para outros Estados foi um passo natural: com transferências para presídios vizinhos a ideologia do grupo se espalhou entre a massa carcerária do país. Além de ampliar seu quadro de integrantes, o PCC firmou alianças com outros grupos, como o Primeiro Comando do Maranhão, Primeiro Grupo Catarinense, entre outros. No Rio, até o final do ano passado, o parceiro da facção paulista era o Comando Vermelho. Após o rompimento com o CV, o PCC começou a articular uma parceria com o grupo Amigos dos Amigos, dissidência do CV.

Pai com câncer terminal passa seus últimos momentos buscando novo lar para o filho

12/01/2017 - Quando descobriu o câncer nove meses atrás, Nick Rose sabia que teria pouco tempo de vida. Pai solteiro, seu único pensamento ao receber o diagnóstico foi encontrar um lar adotivo para seu filho Logan, de quatro anos. E foi isso que ele fez em seus últimos meses. “Nada vinha antes de Logan. Ele estava sentindo muita dor no fim, mas o filho era sua vida”, contou o melhor amigo, Aaron Crompton. De acordo com ele, a mãe não convivia com o garoto desde que era bebê. Nick faleceu no último dia 3 de janeiro e conseguiu uma nova família para Logan antes de partir. Sua irmã, Amy, abriu um financiamento coletivo online para angariar fundos para o funeral de Nick e o restante do dinheiro arrecadado será usado para a educação de Logan.
“Ele tentou se manter forte o máximo possível e com muita coragem conseguiu uma família adotiva para seu garoto antes de partir. Muitas pessoas o conheciam e têm boas coisas a dizer sobre ele. Ele será sentido por todos”, disse.