quinta-feira, 31 de março de 2016

Três razões pelas quais ser impaciente pode ser prejudicial à saúde

30.3.2016  -  Numa sociedade em que o tempo livre está cada vez mais escasso, a impaciência é uma característica que tem se tornado bastante comum. A espera pelo ônibus atrasado, aquele choro interminável de um bebê e a fila eterna no supermercado são situações cotidianas, mas, diante até dessas pequenas coisas, nossa paciência não durar muito. Aprender a esperar realmente nunca foi fácil. Mas fazer isso pode ser muito importante – não só pelo bem-estar diário, mas também para evitar problemas de saúde. Quando ficamos irritados e impacientes, os níveis de estresse e adrenalina aumentam. Mas existem outros perigos vinculados à falta de paciência que, ao menos à primeira vista, não parecem tão evidentes – e podem ser preocupantes:      1) Obesidade   -  Especialistas apontam que pessoas impacientes têm mais probabilidade de serem obesas do que aquelas que sabem esperar. Isso porque elas tendem a não se alimentar da maneira mais correta e a consumir maiores quantidades de alimentos – especialmente daquelas comidas rápidas, congeladas ou instantâneas.  Segundo os economistas Charles Courtemanche, Garth Heutel e Patrick McAlvanah, que publicaram um estudo (Impaciência, incentivos e obesidade ) em 2015 na publicação Economic Journal , o acesso fácil a alimentos pouco saudáveis é uma das causas principais, que afeta especialmente a quem tem 'pavio curto'. "As pessoas mais impacientes se veem mais afetadas pela disponibilidade desses alimentos rápidos a preços acessíveis, que levam ao aumento da obesidade dessa parte da população", indica o estudo. "Poderíamos pensar que talvez agora pelo fato de termos mais acesso a diferentes tipos de alimentos, acabamos comendo mais e, consequentemente ganhamos peso", disse Courtemanche ao Washington Post. "Mas é mais complicado que isso; o barateamento da comida só altera o comportamento de um tipo determinado de pessoas", acrescentou o especialista.  Além disso, a impaciência constante – e a consequente ira e tensão que vêm com ela – faz com que nosso organismo libere adrenalina e cortisol, hormônios que podem gerar um aumento de peso.  A gordura acaba sendo aderida às paredes das nossas artérias, aumentando ao mesmo tempo a possibilidade de sofrer um ataque do coração.       2) Hipertensão    -    A Associação Médica Americana (JAMA, na sigla em inglês) inclui a impaciência como um fator de risco da hipertensão entre adultos jovens.  Um estudo feito na Escola Freinberg de Medicina da Universidade do Nordeste de Chicago com análises de 3,3 mil casos ao longo de 15 anos observou que o tipo de personalidade A (aquele que corresponde a pessoas impacientes e hostis) tem um risco 84% maior – em comparação a quem tem uma personalidade mais tranquila – de sofrer de hipertensão.  O motivo, apontam os especialistas, é o estresse associado à impaciência, que pode chegar a tornar os vasos sanguíneos mais estreitos, aumentando a pressão arterial.   "A ideia de que o padrão de conduta tipo A é 'ruim' para a saúde existe há muitos anos", garante Barbara Alving, da Escola de Saúde Pública de Maryland, nos Estados Unidos.  "Esse estudo nos ajudou a compreender quais aspectos desse padrão de comportamento prejudicam nossa saúde", explicou a especialista.  Para Alving, a hipertensão arterial "é uma condição complexa, que implica fatores biológicos e alimentares", ainda que o estudo demonstro que "o comportamento e o estilo de vida podem ter um papel fundamental na prevenção e no tratamento da doença". A hipertensão é um fator de risco importante para doenças do coração, do fígado e de acidentes cardiovasculares.  3) Envelhecimento    -    Por último, um estudo da Universidade Nacional de Singapura e das universidades americanas de Berkeley e da Pensilvânia, recentemente divulgado na publicaçãoProceeding of the National Academy of Sciencerevelou que ser impaciente também pode acelerar o envelhecimento. É que os telômeros (extremos dos cromossomos do DNA) são mais curtos em pessoas impacientes. Essas estruturas, que protegem o DNA de sua degradação, estão associadas à longevidade, e os cientistas acreditam que quanto mais rápido desaparecem, mais rápido essas pessoas envelhecem. Segundo os pesquisadores (que só observaram esse fenômeno nas mulheres) falta ainda verificar se é a impaciência que acelera o envelhecimento ou se, ao contrário, as pessoas com telômeros mais curtos "sabem" de alguma forma que vão envelhecer antes e desenvolvem uma personalidade mais impaciente.  No fim, assim como diz o ditado popular, "a paciência é a mãe de todas as ciências."

A luta contra a corrupção

March 30, 2016    -    Promotora de Justiça Paula Volpe           
Corrupção, do latim corruptus, significa ?quebrar em pedaços?, ?tornar pútrido?, ?apodrecer?. Desta forma, costuma-se entender como corrupção a utilização de poder ou autoridade para a obtenção indevida de vantagens, fazendo uso do dinheiro público para o interesse próprio ou alheio. Em recente pesquisa feita pelo DataFolha, 34% dos eleitores brasileiros apontaram a corrupção como o principal problema no país. Sensível a essa preocupação, o Ministério Público brasileiro vem trabalhando com rigor, transparência e celeridade no combate aos delitos que envolvem a corrupção. Apesar disso, muitas vezes constata-se que o resultado almejado nas ações cíveis e criminais ajuizadas não é obtido na Justiça, porque o sistema permite com facilidade a ocorrência da prescrição e inclusive a anulação dos processos, com fundamento em formalidades não essenciais. O Ministério Público Federal fez um chamado a toda a população brasileira para que, através de assinaturas em anteprojetos de lei de iniciativa popular, sem qualquer vinculação partidária, apoiasse e defendesse a necessidade de alterações estruturais e sistêmicas visando prevenir e reprimir a corrupção no país. Dentre as medidas estão apontadas a necessidade de proteção aos que denunciam a corrupção, a criminalização do enriquecimento ilícito, o aumento das penas da corrupção, a agilidade do processo penal e civil de crimes e atos de improbidade, a reforma dos sistemas de prescrição e nulidades, a criminalização do caixa dois e lavagem eleitoral, a viabilização da prisão para impedir que o dinheiro desviado desapareça e a celeridade no rastreamento do dinheiro desviado. Este grande movimento iniciado pelo Ministério Público brasileiro teve a adesão de centenas de instituições sérias como universidades, ONG´s e empresas, e já coletou mais de dois milhões de assinaturas no país. É assim, com instituições e com um povo valoroso, contando com o apoio de cada um, que o enfrentamento à corrupção no país começará a redigir um novo capítulo de ética e honestidade na história brasileira.

terça-feira, 29 de março de 2016

Como lidar com a crise

24.3.2016  -  “Crise”. Com que frequência você tem ouvido essa palavra? Uma simples busca do termo no Google revela que, dos mais de 100 milhões de ocorrências, uma quantidade significativa se refere ao momento atual que o Brasil e o mundo enfrentam.  De fato, vivemos dias difíceis. Nem é preciso acompanhar os noticiários para perceber isso. Basta olhar ao redor. Em casa, na rua, no comércio e nas rodas de amigos, o clima é de apreensão e, nas igrejas, os pedidos desesperados de oração se avolumam. E não é somente a crise política e econômica que têm causado tanto transtorno. Paralelamente, continuamos convivendo com outras antigas conhecidas, como a crise na saúde, na educação e na segurança públicas; a crise moral da sociedade; e ainda outras de caráter mais pessoal, como crises familiares, psicológicas e emocionais. Em resumo, vivemos em crise!  Crise é sinônimo de dificuldade, adversidade, tensão, complicação, conflito, etc. A palavra praticamente não aparece na Bíblia, mas o conceito está presente do começo ao fim. Desde a rebelião de Lúcifer no Céu e a queda da humanidade no Éden (Ap 12:7-9; Gn 1-3), passando por toda a história do grande conflito e a cruz, até a vitória final de Deus sobre o pecado e o mal (Ap 19-22), as Escrituras apresentam os altos e baixos de um mundo em constante crise. Além do conceito, a Bíblia também contém a etimologia da palavra. “Crise” deriva do vocábulo grego krisis, que ocorre oito vezes no texto original do Novo Testamento, sempre com o sentido de juízo, julgamento ou decisão.   Nos escritos de Ellen White, o termo crisis, em inglês, aparece cerca de 50 vezes e é utilizado para definir diferentes situações, desde problemas circunstanciais na vida pessoal até momentos decisivos da história da redenção. Alguns exemplos do que Ellen White considerava crise:  - A luta e a agonia de Cristo no Getsêmani diante do fato de que estava em jogo o futuro da humanidade (O Desejado de Todas as Nações, p. 693).    - Os desafios enfrentados pela igreja primitiva em seu período formativo (Atos dos Apóstolos, p. 88, 405).    -  Os momentos difíceis através dos quais Deus conduziu, conduz e conduzirá sua igreja (Review and Herald, 20 de setembro de 1892).   - O tempo atual, na iminência do fechamento da porta da graça, em que é urgente advertir as pessoas (Testemunhos Seletos, v. 2, p. 371).    -  Os acontecimentos finais da história; o tempo de angústia; a futura perseguição do povo de Deus e a última batalha entre as forças do bem e do mal (Testemunhos Seletos, v. 2, p. 318-320; v. 3, p. 280;Profetas e Reis, p. 536).   -  Lutas pessoais; provações e problemas em geral (Carta 47, 1889; Carta 70, 1894; Ciência do Bom Viver, p. 119).  -  Crises financeiras (Conselhos Sobre Mordomia, p. 97).          Tanto na Bíblia quanto nas obras de Ellen White, a crise representa um momento crucial da vida ou da história, em que as decisões tomadas determinam o futuro, de forma positiva ou negativa.       Convivendo com a crise    Tempos críticos não são “privilégios” desta geração. A história da humanidade está pontilhada de momentos conturbados e angustiantes, sobretudo na trajetória da igreja. Jesus, que enfrentou as crises mais difíceis, foi quem previu que, neste mundo, teríamos aflições (Jo 16:33). Os heróis da fé tiveram que aprender a lidar com as intempéries da vida. Paulo, por exemplo, declarou: “Aprendi a adaptar-me a toda e qualquer circunstância. Sei o que é passar necessidade e sei o que é ter fartura. Aprendi o segredo de viver contente em toda e qualquer situação, seja bem alimentado, seja com fome, tendo muito, ou passando necessidade. Tudo posso naquele que me fortalece” (Fp 4:11-13, NVI).   As crises também fizeram parte da rotina dos pioneiros do adventismo. Numa época em que os pastores tinham que dividir o tempo entre a pregação do evangelho e o trabalho duro no campo, Tiago e Ellen White, como outros pioneiros, lutaram contra a pobreza, as terríveis privações, enfermidades e a perda de entes queridos. A situação financeira do casal era tão precária que, certa vez, ao remendar o casaco já remendado do esposo, Ellen afirmou que era difícil identificar o pano original das mangas (Vida e Ensinos, p. 116). Diante das dificuldades, ela chegou a questionar se Deus os havia abandonado, mas acabou concluindo que “os sofrimentos e as provações nos aproximam de Jesus” (Idem, p. 115).   Atitude certa    Sem dúvida, a melhor solução para enfrentar as crises da vida é apegar-se a Deus. Como mostram Lothar C. Hoch e Susana M. Rocca no livro Sofrimento, resiliência e fé: implicações para as relações de cuidado, a psicologia tem comprovado que a fé tem um papel fundamental na superação de dificuldades e experiências traumáticas.  No entanto, em meio ao turbilhão de uma crise, é normal que as pessoas tenham atitudes diferentes em relação à religião ou à espiritualidade. Há aqueles que, nos momentos de dificuldade, simplesmente abandonam a fé. Permitem que o desemprego, as contas atrasadas, a ameaça de despejo, as doenças ou os conflitos familiares os desanimem e os afastem de Deus e da igreja. As preocupações são tantas que a leitura da Bíblia e a oração são deixadas em segundo plano, quando não totalmente esquecidas. No outro extremo, a segunda atitude é a daqueles que, quanto mais sofrem, mais se aproximam de Deus e das coisas espirituais. A pessoa que assume essa postura entende que sua única esperança está além deste mundo e que orações mais fervorosas, mais estudo da Bíblia e mais frequência à igreja poderão trazer bons resultados, seja na solução dos problemas ou em obter a força necessária para suportá-los. A terceira atitude frente a momentos de crise é aquela em que a pessoa não abandona completamente a fé nem recorre a ela com maior intensidade, mas acaba adotando um comportamento intermediário, semelhante à mornidão da igreja de Laodiceia (Ap 3:14-18). Quem está nessa condição tem a consciência de que não pode viver sem Deus e sem a comunhão da igreja, por isso segue com suas práticas religiosas, mas de maneira mecânica, com o brilho ofuscado pelo excesso de preocupações. Qual desses é o seu perfil? Como você tem reagido às provações da vida? Qual é o efeito da crise sobre sua fé?    Tempo de oportunidades    Na Bíblia, a crise e o sofrimento são comparados ao fogo que purifica o metal precioso de nossa fé (1Pe 1:6, 7; 4:12, 13; Rm 5:3-5; Hb 11:35-38; Tg 1:12). Ellen White escreveu que “as provações da vida são obreiras de Deus para remover de nosso caráter impurezas e arestas.” Segundo ela, só as pedras que o Mestre considera preciosas são submetidas ao desgastante processo de lapidação e polimento, para servirem “como colunas de um palácio” (O Maior Discurso de Cristo, p. 23, 24).  Thomas DeWitt Talmage, um dos grandes pregadores do século 19, resumiu de forma poética o resultado da crise na vida dos personagens bíblicos: “Quando Davi andava em fuga pelo deserto, ele estava sendo preparado para se tornar o suave cantor de Israel. A cova e a masmorra foram as melhores escolas em que José foi diplomado. O furacão que desmantelou a tenda de Jó e matou seus filhos preparou o homem de Uz para […] o magnífico poema que tem sido o encanto de todas as épocas. Não existe outro meio de extrair da palha o trigo, senão trilhando-a. Não há outro meio de purificar o ouro senão queimando-o” (One Thousand Best Gems, p.83).  Por mais difíceis e traumáticas que sejam, as crises podem ser encaradas como ocasiões de oportunidade de aprender, crescer e se fortalecer. As crises não duram para sempre, mas os frutos de decisões tomadas em tempos difíceis podem ser eternos. É preciso lembrar que, comparados à eternidade, nossos sofrimentos nesta vida são “leves e momentâneos”. Por isso, devemos fixar os olhos “não naquilo que se vê, mas no que não se vê, pois o que se vê é transitório, mas o que não se vê é eterno” (2Co 4:17, 18, NVI).      EDUARDO RUEDA é editor dos livros de Ellen G. White na Casa Publicadora Brasileira

quarta-feira, 23 de março de 2016

Inimigo Invisível

March 21, 2016   -    A corrupção é um deles, e mortal, por sinal, também porque atinge diretamente a pobreza. Hoje, todavia, quero falar de outro inimigo: drogas. O mundo vive uma terceira guerra mundial, diferente da segunda apenas pelo fato de, naquela (2ª), nações lutavam contra nações. Nesta, a das drogas, nenhuma nação se levanta contra nação, mas todas lutam contra um só inimigo, e vão perdendo as batalhas. Em 2015, o Brasil contava 166 mil presos por drogas, ocupando o 4º lugar no ranking mundial. O gasto anual para manter esses presos ultrapassa R$ 3,5 bilhões. Isto representa 27% do total de sua população carcerária (616 mil). De todos os presos da América do Sul, o Brasil tem 60% deles. Significa que o Brasil reprime, com eficiência, o tráfico de drogas? Isto não é verdade. É que tem droga demais. Elas entram por todos os lugares da fronteira. A fronteira do Brasilcom os vizinhos mede aproximadamente 17 mil quilômetros. A faixa de fronteira corresponde a 150 quilômetros, equivalendo isto a 29% do território nacional. Todavia, apenas 13% dos policiais federais estão lotados em delegacias de faixa de fronteira. Com esse contingente, é humanamente impossível barrar a entrada de drogas e de armas. Não se compreende como uma delegacia de polícia federal, por exemplo, no Oiapoque (AP), divisa com a Guiana Francesa e o Suriname, possa ter apenas 14 agentes federais. Diga-se o mesmo em relação à delegacia de Tabatinga (AM), com menos de 30 policiais federais, região que faz divisa com a Venezuela, a Colômbia e o Peru, sendo os dois últimos países grandes exportadores de cocaína para o Brasil.  Não adianta o país tentar combater o tráfico sem olhar para a fronteira e marcar presença nela. Aumenta o tráfico de drogas e armas, cresce a criminalidade e dispara o consumo. A quantidade de menores de 18 anos viciados só no crack ultrapassa a 230 mil. Incluindo-se a cocaína, a maconha e outras drogas, o Brasil soma uma legião de dependentes químicos. O pior é que o país não disponibiliza estrutura adequada para tratamento dessa gente. Na área de saúde, as drogas causam um desastre. Só para citar um exemplo, de 1980 até 2015, em torno de 29 mil pessoas morreram porque pegaram AIDS através do consumo de drogas injetáveis, mediante o uso compartilhado de seringa. Isto tende a crescer. A cada ano, o Brasil passa a conviver com 30 mil novos casos de AIDS, o que representa um surgimento de mais 3 mil contágios através do uso compartilhado de seringas.Em conclusão, o Brasil precisa repensar sua frágil política sobre drogas, tanto na área de prevenção como na de recuperação e também na repressão. Caso contrário, esse país terá, em pouco tempo, uma legião de zumbis trafegando pelas ruas da vida.

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terça-feira, 22 de março de 2016

Artefatos nucleares perdidos no oceano durante Guerra Fria representam sério risco

21.3.2016  -  Um site russo fez um alerta de perigo. O Esoreiter publicou um artigo sobre os artefatos nucleares perdidos por duas grandes potências durante a Guerra Fria nos oeceanos. Ainda que o material esteja danificado e seja improvável que venham a explodir, as bombas atômicas representam sério risco de vazamento nos oceanos, podendo assim, contaminar a água do planeta. O Trasher é um dos submarinos americanos afundado em 1963 que é alimentado por dois reatores nucleares. O Scorpion fundou em 1968 com dois torpedos atômicos e está a mais de 3 mil metros de profundidade. E os soviéticos pederam o k-27 após um incêndio do reator. Também deixaram suas cargas nucleares submerses os submarinos russos K-8, K-278 E K-159. Vários aviões também representam ameaça, pois muitos perderam suas bombas atômicas na Guerra, como o B-36, B-47 e o caça F-86, todos da aviação norte-americana. 

domingo, 20 de março de 2016

Dinamarca é país mais feliz do mundo; Brasil aparece em 17º

16.3.2016  -  Dinamarca e Suécia são os países mais felizes do mundo, Síria e Burundi, os mais miseráveis, e Costa Rica lidera o ranking da felicidade entre os latino-americanos - aponta o Informe Mundial sobre a Felicidade, em sua edição 2016, divulgado nesta quarta-feira.
O objetivo do ranking é quantificar a felicidade, de modo que as sociedades possam ser mais saudáveis e eficientes. Esse estudo das Nações Unidas foi publicado pela primeira vez em 2012.
Assim como no ano passado, Islândia, Noruega, Finlândia, Canadá, Holanda, Nova Zelândia, Austrália e Suécia ocuparam os primeiros dez lugares.
No caso específico da América Latina, a liderança é da Costa Rica, em 14º, seguida de Brasil (17), México (21), Chile (24), Panamá (25), Argentina (26), Uruguai (29), Colômbia (31), Guatemala (39), Venezuela (44), El Salvador (46), Nicarágua (48), Equador (51), Bolívia (59), Peru (64), Paraguai (70), República Dominicana (89) e Honduras (104).
O Burundi apareceu em último, este ano, na 157ª posição. Entre os lanternas, estão Síria, Togo, Afeganistão e seis países da África Subsaariana: Benin, Ruanda, Guiné, Libéria, Tanzânia e Madagascar.
Na comparação dos dados de 2005 a 2015, o informe destaca que a Grécia, que sofreu enormemente com a recessão mundial e agora enfrenta uma grave crise migratória, registrou a maior queda em seu índice de felicidade.
Já os Estados Unidos avançaram duas posições e ocuparam o 13º lugar.
Alguns dos 20 países que mais caíram em seu índice de felicidade foram Egito, Irã, Jordânia, Iêmen e Arábia Saudita no Oriente Médio; Japão e Índia, na Ásia; e Chipre, Espanha, Itália e Grécia na Europa, todos fortemente atingidos pela crise econômica.
A Ucrânia, imersa na violência desde 2014, também registrou uma queda acentuada.
Em contrapartida, Islândia e Irlanda são os melhores exemplos: conseguem manter seu índice de felicidade intacto apesar da crise econômica, graças aos altos níveis de apoio social, considerou o estudo.
Os autores da pesquisa usaram seis fatores para explicar a variação de felicidade nesses países: PBI per capita, apoio social, expectativa de vida, liberdade social, generosidade e ausência de corrupção.




sexta-feira, 11 de março de 2016

Pão e arroz branco podem aumentar 49% o risco de câncer no pulmão

O tabaco e fatores hereditários deixaram de ser os únicos motivos que causam o câncer no pulmão. Segundo uma pesquisa da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, o alto consumo diário de carboidratos encontrados em pão e arroz branco podem aumentar 49% o desenvolvimento da doença. O estudo indica a redução do consumo diário de alimentos e bebidas com alto nível de carboidratos.  Para o autor da pesquisa, o doutor Xifeng Wu, os resultados não só sugerem manter uma dieta saudável, como também evitar o uso de tabaco e álcool. Os alimentos com alto índice glicêmico podem ser encontrados em pães brancos, arroz branco e massas. A dieta mais indicada seria trocar esses alimentos pela opção integral deles, além de adicionar frutas, vegetais e legumes. O câncer de pulmão é o mais comum entre todos os tumores malignos. No Brasil, a estimativa de novos casos em 2016, de acordo com o INCA, Instituto Nacional de Câncer, é de 28 mil pessoas, sendo 17 mil homens e quase 11 mil mulheres.

segunda-feira, 7 de março de 2016

A Bíblia e o fim das esquerdas

07.3.2016  -   A atual sucessão de governos na América do Sul revela o esgotamento das políticas de esquerda. Isso ocorre em paralelo a uma retomada da economia americana. Os Estados Unidos e o bloco europeu parecem reafirmar suas posições de liderança e hegemonia no mundo. O que isso tem a ver com as profecias bíblicas?  De fato, o chamado chavismo perdeu espaço na Venezuela nas eleições legislativas de 2015, e a hegemonia de 16 anos da ideologia de Hugo Chávez está ameaçada. Na Argentina, o longo período de 12 anos dos Kirchner (Nestor, depois Cristina) chegou ao fim com a vitória do liberal Mauricio Macri. Na Bolívia, o socialista Evo Morales não poderá disputar um terceiro mandato; foi a decisão do referendo de fevereiro deste ano.
No início dos anos 2000, a ascensão de Lula, Chávez e Kirchner, respectivamente, no Brasil, Venezuela e Argentina, provocou uma onda das políticas sociais de esquerda na América do Sul. Na força dessa onda, em 2005 o Uruguai elegeu Tabaré Vázquez; em 2006 a Bolívia elegeu Morales e o Chile, Michelle Bachelet. Essa onda alimentou o ideal de políticas sociais igualitárias e paternalistas na população sul-americana, uma das sociedades mais desiguais do planeta.
Ao final de quase 15 anos, os elos dessa corrente têm se enfraquecido e quebrado um após o outro. No Brasil, a maior potência econômica da região, o governo de Dilma Rousseff está seriamente ameaçado pelos mesmos motivos dos demais: evidências de corrupção e falência das políticas populistas.
O enfraquecimento das esquerdas na América do Sul faz parte do processo de desorganização da ideologia socialista como um todo em curso desde a queda do Muro de Berlim, em 1989. A falência do maior estado sócio-político construído sobre essa ideologia, a União Soviética, fragilizou o discurso revolucionário ao redor do mundo. Além disso, o regime comunista em Cuba e na Coreia do Norte só tem fortalecido a mentalidade capitalista devido às agruras sociais e econômicas evidentes nesses países.
O comunismo chinês sustentou elevados índices de crescimento econômico nos últimos anos, mas somente graças à abertura para a economia de mercado em curso ali desde os anos 1970. No entanto, apesar de representar uma salvaguarda para a ideologia socialista, o milagre chinês começa a apresentar sinais de esgotamento. Nos dois últimos anos, a China tem enfrentado crescente fuga de capitais, queda da bolsa, desvalorização da moeda e do mercado imobiliário e evidências de corrupção. Este período da economia chinesa tem sido avaliado como o fim de um ciclo.
O enfraquecimento dessas economias coincide com a retomada do crescimento dos Estados Unidos. Muita coisa não vai bem nas economias modernas, mas o que se assiste nestes tempos pode ser considerado como um esgotamento quase final das ideologias de esquerda e um fortalecimento da economia de mercado em nível global.
Uso aqui a expressão “esquerda” em referência às políticas voltadas para o estado intervencionista e controlador da liberdade geral, e “economia de mercado” para aquelas fundadas na ideia da suficiência do mercado em regular a si mesmo. Em geral, as políticas de esquerda defendem a igualdade, e as de direita, a liberdade. No livro Destra e Sinistra, o filósofo italiano Norberto Bobbio diz que a esquerda procura eliminar as desigualdades sociais com medidas protecionistas, já a direita entende que essas desigualdades são naturais e que a sociedade se autorregula.
Outro aspecto das ideologias de esquerda é a negação da dimensão religiosa da sociedade. Por sua vez, a direita se adapta ao discurso religioso e o utiliza como parte de suas estratégias de poder.
Essa tensão entre uma esquerda que nega Deus e uma direita que pretende usar o nome de Deus foi prevista por Daniel, profeta e também estadista. As visões relatadas nos capítulos 2, 7 e 8, de seu livro, têm o foco no “tempo do fim”, quando o poder perseguidor dos “santos” emerge mais uma vez, mas só para ser destruído com a chegada do reino de Deus. O profeta diz que o reino de Deus “esmiuçará e consumirá todos estes reinos” humanos (Dn 2:44), e que “o domínio, e a majestade dos reinos” serão dados aos “santos do Altíssimo” (7:27; ver 8:9-12).
Mas, onde está a esquerda e a direita na profecia?
As profecias apocalípticas se desdobram em quadros paralelos, os quais acrescentam novos detalhes ao tema já abordado. Tratando do mesmo “tempo do fim”, a visão de Daniel 11 descreve um conflito prolongado entre o chamado “rei do Norte” e o “rei do Sul” (v. 40-45), no qual o Norte prevalece sobre o Sul, pouco antes de investir contra o “glorioso monte santo”, ou seja, os mesmos “santos” das visões de Daniel 7 e 8. As expressões “monte santo” e “monte Sião” frequentemente indicam o santuário e o povo de Deus (Ez 20:40; 28:14; Dn 9:16, 20).
O perseguidor dos “santos”, de acordo com Daniel 7 e 8, é o “chifre pequeno”, símbolo do papado. Ele muda a lei de Deus, persegue os que permanecem fiéis às Escrituras e pretende tomar o lugar de Deus na Terra (Dn 7:8, 21, 25; 8:9-12). Entretanto, antes de perseguir os santos, no tempo do fim, o “chifre pequeno”, que é o mesmo “rei do Norte” (Dn 11:31, 36, 37), terá de suprimir o “rei do Sul”. Mas, no clímax da investida contra o “monte santo”, o tal “rei do Norte” será derrotado (11:45; ver 8:25). Os “rumores do Oriente” que o perturbam são as claras evidências da chegada do reino de Deus com a volta de Cristo (11:44; 8:13, 22).
Da perspectiva de Israel, o Norte era a posição de Babilônia e o Sul, a do Egito. Na Bíblia, frequentemente o Norte representa aquele que deseja estar em lugar de Deus. Lúcifer desejava subir ao “céu”, exaltar seu trono “nas extremidades do Norte” e ser “semelhante ao Altíssimo” (Is 14:13, 14). Babilônia é referida como o poder do “Norte” que derrama “o mal sobre todos os habitantes da terra” (Jr 1:13-16; 6:22, 23). O rei de Babilônia teve a arrogância de desafiar a Deus (Dn 3:15; 4:24, 25). Daniel afirma que o “chifre pequeno” provém do Norte (Dn 8:9). No Apocalipse, o poder que se levanta contra os fiéis de Deus no tempo do fim é retratado como “besta” ou “Babilônia” (Ap 13:1, 7; 14:8; 17:5; 18:2, 10, 21).
Se o “rei do Norte” é o mesmo “chifre pequeno”, que é o papado em sua investida contra os “santos”, quem é o “rei do Sul” que será suprimido antes da perseguição aos “santos do Altíssimo”?
Jacques Doukhan, em seu livro Secrets of Daniel, comentando Daniel 11, diz que o Sul simboliza, na tradição bíblica, “o poder humano sem Deus”. O Sul aponta para o Egito (Dn 11:43), especialmente para o orgulhoso faraó: “Quem é o Senhor para que lhe ouça eu a voz e deixe ir a Israel? Não conheço o Senhor” (Êx 5:2). Uma aliança de Israel com o Egito seria um deslocamento da fé, uma troca de Deus pela humanidade, ou seja, a fé na humanidade substituindo a fé em Deus. Isaías diz: “Ai dos que descem ao Egito em busca de socorro e se estribam em cavalos; que confiam em carros, … mas não atentam para o Santo de Israel, nem buscam ao Senhor! … Pois os egípcios são homens e não deuses” (Is 31:1-3).
Assim, no conflito protagonizado pelo Norte e o Sul, nessa visão de Daniel 11, “o Norte representa o poder religioso” que pretende ocupar o lugar de Deus, o poder do estado perseguidor dos “santos”; e o “Sul representa os esforços humanos que rejeitam Deus e têm fé apenas na humanidade”, ou seja, os poderes seculares fundados nas ideologias ateísticas e materialistas (Secrets of Daniel, p. 173). Nesse caso, as ideologias de esquerda e seus estados socialistas são aqui retratados com a figura do Egito e do Sul.
Assim, Daniel previu um conflito prolongado, no tempo do fim, entre o poder político-religioso e o poder ateísta e materialista. Ele visualizou a resistência do poder materialista, mas profetizou que este último terminaria sendo suplantado.
O Apocalipse não dá esses detalhes do conflito providos pelo estadista Daniel. João visualizou o momento posterior em que todos os que “habitam sobre a terra” (Ap 13:14) e os “reis do mundo inteiro” serão envolvidos pelo poder da Babilônia, no Armagedom (16:14, 16).
Essa profecia de Daniel 11 é extremamente significativa diante da nova configuração geopolítica do mundo desde a queda do muro de Berlim. Os poderes políticos capitalistas, unidos ao poder religioso cristão desviado da verdade bíblica, conseguiram desorganizar o estado comunista e materialista europeu no fim da Guerra Fria. Nos anos 1990, o poder americano despontou como a única potência global, deixando em seu rastro as ideologias de esquerda em completa confusão. O Norte se sobrepôs ao Sul.
No desfecho desse conflito que resultou na queda do comunismo no Leste europeu, os Estados Unidos tiveram um decisivo aliado: o papa João Paulo II, que conseguiu restaurar a influência religiosa do Vaticano no mundo. Isso é o que contam os jornalistas Carl Bernstein e Marco Politi, no livro Sua Santidade: João Paulo II e a História Oculta do Nosso Tempo (Objetiva, 1996).
Nesta década, a segunda etapa de desorganização das ideologias e dos regimes de esquerda, incluindo os da América do Sul, aponta para o crescente poder do “rei do Norte”. Segundo a profecia, sua agenda prevê investidas iminentes contra o “monte santo de Deus”. Esta será a última batalha do “rei do Norte”, na qual, porém, será completamente derrotado. O Apocalipse prevê a dramática queda da confederação da Babilônia, que é o mesmo “rei do Norte” (Ap 18:1-8).
Daniel garante que Deus se levantará em defesa de seu povo, e o fim chegará para o opressor, e “não haverá quem o socorra” (Dn 11:45).
VANDERLEI DORNELES, pastor e jornalista, é doutor em Ciências pela Escola de Comunicação e Artes (USP), onde defendeu tese sobre os aspectos mitológicos da cultura norte-americana. Autor dos livrosO Último Império e Pelo Sangue do Cordeiro, entre outros, atua como redator-chefe associado na CPB

Europa treme à medida que Trump se aproxima da Casa Branca

03.3.2016 -  Superada a perplexidade provocada pela pré-candidatura de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos, a Europa vê agora com preocupação o avanço do magnata, que soa como um alerta diante da ascensão do populismo no continente. Em visita a Washington, o ministro alemão das Relações Exteriores, o social-democrata Frank-Walter Steinmeier, não duvidou em entrar no debate com um discurso que envolve claramente o favorito nas primárias republicanas. "Na Alemanha e na Europa se desenvolve algo na nossa vida política e, para ser honesto, constato aqui também, nos Estados Unidos, durante a campanha das primárias: a política do medo", disse Steinmeier em um discurso para estudantes. Donald Trump na Casa Branca seria uma "catástrofe planetária", escreveu o editorialista do Financial Times, Martin Wolf, depois da vitória do magnata nas votações da "Super Terça". Trump é um "xenófobo e um ignorante", acrescentou Wolf, que estabeleceu um paralelo entre a trajetória do milionário, a queda do império romano e, inclusive, a ascensão de Hitler. A imprensa francesa demonstrou a mesma inquietação, estabelecendo um vínculo entre a irresistível ascensão de Trump e os recentes êxitos eleitorais da extrema direita na França e Europa. "Trump não é apenas uma curiosidade ianque. Critica as elites instaladas, acusa os imigrantes de tudo e promete a Lua aos brancos afetados pela crise. Uma música populista conhecida deste lado do Atlântico. Mais preocupante do que engraçado", diz o jornal Le Parisien. O jornal conservador Le Figaro anunciou que, à sua maneira, Trump é um "emissor de alerta"."Convém lembrar às elites políticas europeias que é perigoso esquecer o idioma daqueles aos quais pedem o voto", disse Le Figaro. O bilionário recebeu, ao contrário, o apoio de outra personalidade da extrema direita francesa, o ex-presidente da Frente Nacional Jean-Marie Le Pen. "Se fosse americano, votaria em Donald TRUMP", escreveu Le Pen em sua conta no Twitter. Para o jornal alemão Die Welt, Trump é a versão americana da ascensão da extrema direita na Europa, o representante de um "desejo de revanche contra as elites arrogantes"."Trump, Le Pen, Petry e todos os outros se parecem em seu narcisismo, que se alimenta do tumulto e da doença da demagogia", destacou o jornal. Frauke Petry é a principal dirigente do partido de extrema direita Alternativa para a Alemanha (AfD), que vivencia uma fulgurante alta nas pesquisas eleitorais graças à crise dos imigrantes. "Quando a classe média começa a votar em Trump, temos um problema", resumiu o economista sueco Sandro Scocco, do círculo de reflexão de esquerda Arena. Para Scocco, o auge da extrema direita se deve ao aumento das desigualdades sociais. No fim de 2005, as declarações de Trump dizendo que seria preciso impedir "temporariamente" o acesso dos muçulmanos aos Estados Unidos receberam uma onda de críticas. Estas declarações geram "divisão" e são "estúpidas e falsas". Se Trump "viesse ao nosso país, estaríamos todos unidos contra ele", respondeu Cameron.

sábado, 5 de março de 2016

Não ignore as eleições nos EUA. Donald Trump é um perigo também para o Brasil

01.3.2016  -  Enquanto a Operação Lava Jato dispara contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que dispara contra o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que dispara contra a presidente Dilma Rousseff, que dispara contra o presidente da Câmara Eduardo Cunha, a 7.300 quilômetros daqui o destino de bilhões de pessoas, entre elas, milhões de brasileiros, começa a ser desenhado. A eleição presidencial americana, um dos pleitos mais longos e complexos do planeta, teve um capítulo decisivo nesta terça, 1º de março – a chamada Super Terça, quando aconteceram as 12 primárias estaduais que definiram os candidatos dos partidos Democrata e Republicano para a disputa.  Atualizado, quarta 02.03Como tudo indicava, a senadora nova-iorquina Hillary Clinton, pelos democratas, e o magnata do setor imobiliário, Donald Trump, pelos republicanos, consolidaram as suas vitórias na Super Terça, levando alguns Estados de baciada. Agora é que são elas, melhor dizendo, eles.  Em quê isso impacta a sua vida? Em muita coisa. Uma possível vitória de Trump, em 8 de novembro, teria consequências desastrosas para o Brasil e o mundo. E antes de encher o peito e dizer que você não tem nada a ver com isso, saiba que os brasileiros foram mencionados na cantilena xenófoba de Trump por pelo menos duas vezes recentemente. Para Donald Trump, os brasileiros “roubam empregos” dos americanos .      Ao participar do programa Face the Nation, do canal CBS, em novembro, Trump, cujo slogan de campanha é Make America Great Again! (Fazer a América Grande de Novo, em tradução livre), disse, sem dar detalhes, que “traria de volta aos Estados Unidos um grande número de  postos de trabalho da China, do Japão, da Índia e Brasil, países que estão roubando nossos empregos”.  Duas semanas antes, ao participar de um especial do programa Today, da NBC, ele sentenciou: “Olhe nossos negócios com o Japão. Eles nos dão milhões de carros. A gente não recebe nada em  troca. É uma rua de mão única com eles. O Brasil também. Não tem um país que não tira vantagem da gente”. As menções aos brasileiros são sinais particularmente graves, se levarmos em conta que Trump pode: contribuir para dificultar as relações diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos; impor barreiras comerciais ao País e dificultar a vida de imigrantes brasileiros na América. Só para começar. Neste oceano de mediocridade política, onde os adversários Ted Cruz, Marco Rubio e John Kasich se afundaram em argumentos insossos e os caciques republicanos foram obrigados a engolir o carisma de Trump goela abaixo, o todo poderoso nadou de braçada e, acredite, tem chances reais de tornar-se presidente dos Estados Unidos. Debochado, superficial, grosseiro, dono de ideias simplórias e de um discurso infantil, o magnata exerce fascínio em parte considerável do eleitorado e parece imune a tropeços. A audiência de Trump, que só faz crescer, se encanta com a espetacularização de seus comícios, com os absurdos que saem de sua boca e, principalmente, com sua trajetória vencedora. Admite que tem pavor dos imigrantes, dos muçulmanos, de perder o emprego e de não poder se armar para se defender.  Trump, que devolve o apoio com caras, bocas e clichês, lidera entre os cristãos evangélicos, mulheres, moderados, eleitores com ensino superior e eleitores conservadores mais pobres. E está na frente entre os eleitores que têm probabilidade maior de ir às urnas (lá, o voto não é obrigatório). Na semana passada, Trump recebeu a adesão de supremacistas brancos da Ku Klux Klan – e não a rejeitou. Além de atacar os brasileiros, o magnata já declarou mais de uma vez que tem obsessão pela construção de um muro em toda a fronteira com o México. Defendeu em seus comícios técnicas de tortura, o impedimento da entrada de muçulmanos no país, a perseguição e morte a familiares de terroristas em solo americano e ameaçou socar o rosto de um eleitor contrário a sua candidatura.   Poder, poder mais poder   Caso o magnata republicano seja eleito, ele terá em mãos 16% do PIB mundial e comandará a maior economia e o mais potente Exército do mundo – carregado de armas nucleares e com um orçamento de R$ 2,4 trilhões anuais. Deterá, ainda, um precioso poder de veto no Conselho de Segurança da ONU. Os desafios estarão à altura: reerguer a combalida saúde pública, enfrentar a violência doméstica, estimular a economia e o comércio exterior, seguir com a reaproximação com Cuba, acalmar a fronteira com o México, encarar a Rússia na crise de refugiados sírios e agir proativamente no Oriente Médio. Como fará tudo isso, Trump nunca disse. É ou não é para se preocupar?

quarta-feira, 2 de março de 2016

O que aconteceria com o mundo no caso de uma guerra nuclear?

01.3.2016 - Esta semana o tema de uma possível guerra termonuclear global voltou à tona, com informações turcas sugerindo que armas nucleares poderiam ser usadas na Síria. O relatório - elaborado pela Consortium News - não tinha como base dados comprovados, mas afirmava que o presidente russo Vladimir Putin estaria “pronto” para usar as armas como uma forma de defender as tropas no caso de uma invasão turca. O relatório também ressalta o fato de que tanto a Rússia quanto a OTAN ainda podem realizar ataques nucleares em escala global - e afirma que as armas estão prontas para tal. Desenhados para serem praticamente impossíveis de combater, mísseis termonucleares intercontinentais poderiam destruir cidades do outro lado do planeta em minutos - e causar mudanças instantâneas e catastróficas no mundo todo. A Associação de Controle de Armas disse, “Os Estados Unidos e a Rússia ainda enviam mais de 1.500 ogivas estratégicas em centenas de mísseis e bombardeiros - muito mais do que o necessário para impedir um ataque nuclear - e estão modernizando seus sistemas de entregas nucleares”. “Se estas armas fossem usadas, mesmo de forma ‘limitada’, o resultado poderia ser uma devastação nuclear catastrófica.” Como a guerra nuclear começaria?  Nenhum país com um grande arsenal nuclear - como a Rússia ou os Estados Unidos - quer ativamente um confronto nuclear. O que os analistas temem é um confronto militar ou político que aumente a tensão ao redor de um ataque nuclear - o que pode fazer com que um dos lados resolva atacar. Momentos como esses foram aspectos fundamentais na Guerra Fria entre a União Soviética e os líderes ocidentais. Em 1983, os soviéticos estavam convencidos de que um exercício de treinamento nuclear da OTAN - Able Archer 83 - era na verdade uma farsa para encobrir um ataque real contra os países signatários do Pacto de Varsóvia. De acordo com o novo relatório, as forças soviéticas começaram a mover mísseis nucleares para estações de lançamento na Europa, e elementos militares soviéticos foram preparados para a guerra.